A organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o Hamas, para evitar mais mortes na Faixa de Gaza e permitir a entrada de suprimentos humanitários necessários. De acordo com a entidade, o apagão das comunicações tem limitado ainda mais a capacidade de coordenar e fornecer assistência médica e humanitária no território palestino. Mais de 8.000 plaestinos morreram desde o dia 7 de outubro, de acordo com o Ministério da Saúdde do Hamas.
“As pessoas sob os escombros, as mulheres grávidas que estão prestes a dar à luz e as pessoas com idade avançada não conseguem buscar ajuda quando mais precisam. Por causa do blecaute, MSF perdeu contato com a maior parte de sua equipe palestina”, afirma a organização, que atua em diferentes hospitais na Faixa de Gaza.
Hospitais como o Al-Shifa, na cidade de Gaza, estão sobrecarregados de pacientes, de acordo com o MSF, e é impossível realizar a evacuação ordenada pelas forças militares israelenses. “Os hospitais estão inundados de pacientes. Amputações e cirurgias estão sendo realizadas sem anestesia adequada, e os necrotérios estão inundados de corpos”, afirmou Mohammed Obeid, cirurgião de MSF em Gaza.
“Pessoas indefesas estão sendo submetidas a bombardeios terríveis. As famílias não têm para onde correr ou se esconder enquanto o inferno é lançado sobre elas. Precisamos de um cessar-fogo agora”, diz Christos Christou, presidente internacional de MSF. “Água, alimentos, combustível, suprimentos médicos e a ajuda humanitária em Gaza precisam ser restaurados com urgência.”
Segundo Christou, médicos da organização estão preparados para entrar em Gaza e auxiliar no atendimento de feridos na guerra, mas aguardam permissão. “Estamos prontos para aumentar nossa capacidade de ajuda em Gaza. Temos equipes de prontidão, prontas para enviar suprimentos médicos e entrar em Gaza para apoiar a resposta médica de emergência, assim que a situação permitir”, diz.