Equatorianos iniciaram neste domingo (20) uma jornada eleitoral para eleger o sucessor de Guillermo Lasso até maio de 2025, em um cenário marcado pela violência e insegurança e com votações vigiadas por mais de 100 mil policiais. A consulta ocorre em meio a um processo político para destituir Lasso, que dissolveu o Legislativo em meados de maio e encurtou seu próprio mandato, que ainda tinha cerca de dois anos.
Mais de 13 milhões de eleitores escolherão entre oito candidatos presidenciais, encabeçados por Luisa González, uma esquerdista progressista, seguida pelo ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, o advogado indígena Yaku Pérez e o economista militar Jan Topic.
O Equador vive um clima de violência, extorsão, sequestro e trocas de tiros nas ruas promovidos por quadrilhas criminosas em uma disputa territorial pelo tráfico local, que já deixou mais de quatro mil mortes violentas apenas em 2023.
Dez dias atrás, o candidato presidencial Fernando Villavicencio foi assassinado quando saía de um comício político em uma escola no norte de Quito.Ontem, um tiroteio foi registrado próximo a um restaurante onde o candidato à Presidência, Otto Sonnenholzner, e sua família estavam. A informação foi divulgada pela polícia local e pelo candidato.
“Acabamos de sofrer um tiroteio em frente ao local onde eu tomava café da manhã com minha família”, publicou Sonnenholzner, candidato pró-mercado e ex-vice-presidente, em sua rede social. “Graças a Deus, estamos todos bem, mas exigimos uma investigação sobre o que aconteceu.”
Em entrevista coletiva, a polícia Nacional informou que o tiroteio foi resultado de uma perseguição após um assalto a uma loja de roupas de ginástica, e que cinco pessoas foram detidas.
Um vídeo nas redes sociais registrou o momento que Sonnenholzner cumprimentando um apoiador em um restaurante ensolarado e se preparando para tirar uma selfie, antes que os tiros soassem do lado de fora. A Polícia Nacional informou que investiga o caso. (Agências)