Crime

Homem é preso na Flórida por atirar em hotel para exigir distanciamento social

Você não está mantendo a distância recomendada, disse o jovem para uma mulher e seu filho antes de atirar

Por AFP
Publicado em 29 de julho de 2020 | 19:44
 
 
 
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Um homem foi preso na Flórida após efetuar um disparo em um hotel, quando exigia a uma mulher e seu filho que mantivessem o distanciamento social recomendado, em meio ao aumento das tensões pela gravidade da pandemia em uma sociedade fortemente armada.

Douglas Marks, de 29 anos, estava na última segunda-feira no saguão de um hotel em Miami Beach, uma ilha turística no sul da Flórida, quando confrontou dois hóspedes.

Segundo Marks, a mulher chamada Verónica Peña e seu filho não estavam respeitando o distanciamento social sugerido para impedir a propagação da COVID-19. 

"Você não está mantendo a distância recomendada", disse Marks, de acordo com o relatório policial de Miami Beach obtido pela AFP nesta quarta-feira. "Vocês todos têm que ir." 

A mulher e o filho ignoraram Marks e sentaram-se em um sofá de costas para ele.

Nesse momento, Peña ouviu Marks dizer: "Deixe-me cuidar deles, há pessoas aqui que não respeitam o distanciamento social".

Então ela ouviu vários tiros e fugiu para fora do hotel. Não houve feridos. 

Quando a polícia chegou, Marks confessou ter tirado a arma da mochila e disparado quatro tiros como forma de "aviso". 

Ele foi preso por agressão agravada por uso de arma mortal, e por atirar com uma arma em público, entre outras acusações. 

Uma testemunha que não quis se identificar disse à Local10 que o homem tinha atingido a mulher e a criança. 

Na Flórida, o ambiente é tenso, principalmente em Miami, onde se concentra um quarto dos casos de coronavírus do estado. 

Atualmente, um em cada 50 cidadãos da Flórida são diagnosticados com a Covid-19, e o número de mortos chega a 6.333. 

Na última semana, um outro homem foi preso ao ameaçar com uso de arma uma pessoa que lhe pediu para usar máscara em uma loja do Walmart. 

A Flórida é um estado com leis negligentes no que se refere a compra e venda de armas, apesar de ter registrado dois dos mais mortais tiroteios da história dos Estados Unidos: um em Orlando, que deixou 49 mortos em 2016, e outro em Parkland, com 17 mortos, em 2018.

 

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