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Veja alguns motivos que tornam inédito o funeral do papa Bento 16

Até agora, a presença do teólogo conservador alemão no Vaticano havia desencadeado questionamentos e alimentado a saga dos 'dois pontífices'

Por Agência
Publicado em 05 de janeiro de 2023 | 09:27
 
 
 
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Quando um pontífice morre, seu funeral e sucessão são estabelecidos pela Constituição Apostólica, mas desta vez, com o falecimento de Bento XVI, o Vaticano teve que improvisar, pois pela primeira vez na história foram celebrados os serviços fúnebres de um papa emérito, sem funções. 

Confira alguns pontos diferentes do funeral de Bento XVI:

Não haverá escolha de sucessor 

Normalmente, a morte do sumo pontífice desencadeia a rápida convocação de um conclave no qual os cardeais escolhem seu sucessor. Esse cenário está descartado neste caso, já que Francisco ocupa o trono desde 2013, após ter sido eleito diante da renúncia de Bento XVI naquele ano. 

Primeira vez que um papa preside funeral de seu antecessor 

Trata-se da primeira vez na história moderna que um papa presidirá os funerais de seu antecessor. Com este ato, se encerrará a saga dos "dois papas", que conviveram durante quase uma década no menor Estado do mundo.

Vestes diferentes 

No caixão, as vestes do papa emérito em exposição indicavam que ele não estava reinando. A Igreja Católica, que costuma se comunicar por meio de seus símbolos sagrados, anuncia, assim, que o pontífice reinante não faleceu. Por isso, o corpo de Bento XVI não porta a Férula, espécie de bastão em forma de cruz e chamada de cruz pastoral.

Sapatos pretos

Uma das coisas que mais surpreenderam foi o sapato preto nos pés de Bento 16, já que o vermelho, usado por João Paulo II, Paulo VI e João Paulo I, evoca o sangue derramado pelos mártires que seguiram as pegadas de Cristo. Essa tradição foi quebrada pelo papa Francisco, que prefere usar vermelho apenas por baixo e optou por sapatos pretos que sempre usou e com os quais chegou ao Vaticano. 

Ausência do anel de pescador

Segundo os vaticanistas, Bento XVI será enterrado com o anel episcopal, e não com o anel do pescador, usado por ele durante seus oito anos de pontificado (2005-2013). A joia foi destruída logo após sua renúncia, em 28 de fevereiro de 2013. (Com AFP)

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