Cidade tem o maior aglomerado de Minas | O TEMPO Betim
 
CENSO. SEGUNDO O IBGE, 11,6% DOS BETINENSES VIVEM EM COMUNIDADES

Cidade tem o maior aglomerado de Minas

O bairro Santo Antônio, na região do Jardim Teresópolis, ocupa o 24º lugar no ranking nacional com maior população morando em vilas

Publicado em 21 de dezembro de 2011 | 22:25

 
 
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Lisley Alvarenga
economia@otempobetim.com.br

O município de Betim tem hoje 11,6% da população vivendo nos chamados aglomerados subnormais, popularmente conhecidos como favelas. São 43.713 betinenses morando em condições consideradas precárias e divididas em um total de 21 comunidades. A maior do Estado de Minas Gerais - que é formada por 33 aglomerados -, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a do Santo Antônio, no bairro Jardim Teresópolis.

A região possui uma população de 23.107 - o equivalente à cidade de Abaeté, na região Central do Estado, que tem 22 mil habitantes. Dessa forma, o Teresópolis assume o 24º lugar no ranking dos maiores aglomerados do país. A campeã do Brasil é a Rocinha, no Rio de Janeiro.

Funcionária do IBGE, Luciene Logo explica que isso ocorre, pois a região é formada por um aglomerado isolado. "Muitas pessoas questionam esse dado, afirmando que o aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, por exemplo, é infinitamente maior. Porém, na análise feita pelo Censo 2010, verificamos que no local existe um total de sete aglomerados. Ao contrário, o Teresópolis é formado por apenas um aglomerado isolado. Isso faz dele a maior de Minas e a 24ª no país", destacou.

Serviços
Ao analisar os serviços públicos essenciais oferecidos em cada domícilio, das 21 comunidades de Betim, pode-se verificar ainda que 99% da população tem abastecimento de água, 91% dispõe de rede de esgoto, 95% possui coleta de lixo e 78% dos habitantes contam com rede de energia elétrica em suas casas.

Para o demógrafo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Alisson Barbieri a pesquisa deve servir de base para o poder público na elaboração de políticas sociais. "Esses são apenas números. Não se pode dizer se é muito ou pouco, mas a pesquisa identifica necessidades dos principais aglomerados. Assim, o governo tem possibilidade de desenvolver políticas pontuais, pensando sempre que essa é uma população carente dos serviços básicos e que apresenta uma vulnerabilidade socioeconômica".