Inquérito

Nove são indiciados após mortes de garotas em festa

Quatro pessoas vão responder por homicídio, e cinco por aliciamento

Publicado em 07 de dezembro de 2017 | 21:14

 
 
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As investigações dos assassinatos de duas jovens, de 16 e 18 anos, ocorridos no dia 17 de novembro após uma orgia em um sítio no bairro Vianópolis, levaram a Polícia Civil a indiciar nove pessoas na última sexta-feira (1º): quadro delas pelo duplo homicídio e por uma tentativa de homicídio, sendo três também por sequestro. Outras cinco pessoas responderão por aliciamento de menores para a prostituição.

De acordo com inquérito policial, Aline Maria Silva, 18, e Saila Kalinda da Silva, 16, foram torturadas e mortas, e uma terceira adolescente, de 15 anos, foi baleada, mas sobreviveu ao crime. As jovens foram rendidas pelos suspeitos e obrigadas a entrar no carro com eles.

Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Rodrigo Rodrigues, vítimas e suspeitos teriam discutido em uma festa sexual antes do crime. “O motivo do desentendimento seria porque as vítimas insinuaram que as companheiras dos autores – ainda não identificadas – teriam subtraído a quantia de R$ 70 de Aline”, contou o delegado.

A Polícia Civil informou que Lúcio Rodrigues Pereira Neto – preso em flagrante no dia 20 de novembro –; Renato Henrique de Almeida; Osmar Amaral Ferreira; e Waldisley Kenupe de Souza, o Val, foram indiciados pelo duplo homicídio consumado e por um tentado. Almeida, Ferreira e Val irão responder também pelo crime de sequestro. Um quarto envolvido nesse crime ainda não foi identificado pela polícia.

De acordo com Rodrigues, Ferreira já se comprometeu a se apresentar na polícia. “Foram pedidas a manutenção da prisão de Lúcio Neto e também a prisão dos outros. Espero que a Justiça nos permita tirá-los em breve de circulação”, ressaltou o delegado, que disse que continuará a investigação a respeito do quarto homem não identificado. 

Aliciamento
Ainda segundo a polícia, os indiciados por aliciamento de menores e por fornecerem bebida alcoólica a adolescente são Wendel Vieira – filho do proprietário do sítio –; Eduardo Ferreira de Souza; Zilmar Pereira Tavares; Rogério Gomes da Costa; Vicente Teodoro Azevedo, o Nonô; e Val, que também responderá pelos outros crimes. 

Foragido
O duplo homicídio revelou um esquema de prostituição que acontecia em sítios das regiões Central e metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a Polícia Civil, adolescentes eram aliciadas em um bairro de Contagem para participarem de orgias sexuais. As investigações da polícia apontam que o responsável pela organização das festas era Waldisley Kenupe, o Val, que foi indiciado pelo crime, e, de acordo com o delegado Rodrigo Rodrigues, está foragido.