Em sua cronologia, a história do automóvel vem passando por fases bem distintas, se forem observadas com um pouco mais de atenção. A saber, primeiramente, as atenções voltaram-se para a motorização, ou, mais especificamente e melhor dizendo, para o conjunto de peças e engrenagens capaz de impulsionar os veículos.
Concretizava-se afinal o que se buscava: um “auto-móvel”, no sentido lato da palavra. Alcançado tal objetivo, o foco das preocupações se voltou, dentro das limitações da época, o possível conforto do condutor e de seus passageiros. Junto a isso, procurava-se em dar aos veículos aparência o tanto possível e compatível à importância e à curiosidade, que já naquela ocasião, começavam a se despertar. Em suma, a caracterização, que seria hoje o tão badalado estilo.
Para fazer face ao abastecimento decorrente do inimaginável crescimento da frota em circulação no mundo – haja petróleo para atender à demanda – a resposta ou solução foi uma só: procurar novos combustíveis que seriam capazes de não deixar parar a frota automotiva mundial. Nesse sentido, essa busca de alternativas ao uso do petróleo e de seus derivados como combustíveis tem sido hoje a tônica de fóruns e debates.
Criativos como sempre, os engenheiros brasileiros da indústria automobilística desenvolveram soluções alternativas, como o motor movido exclusivamente a álcool. Depois, veio a versão que pode ser abastecida com quatro tipos de combustível – gasolina, gasolina pura, etanol e gás – que rouba o espaço para a bagagem. Se no Brasil as alternativas tecnológicas têm na combinação da dupla gasolina e etanol a principal essência, os japoneses, europeus e americanos apostam hoje é nos carros híbridos – que usam, em alternadamente, a eletricidade e combustíveis tradicionais como fontes de energia, – e também nos carros 100% elétricos.
Apesar de os americanos comprarem carros híbridos produzidos pelos japoneses da Honda e da Toyota, os gigantes do maior mercado do mundo também contam em suas fileiras com produtos similares em fase final de desenvolvimento que levam a chancela da GM e da Ford. O Bolt, da Chevrolet, já chegou ao mercado em proporção comercial. A redução do peso e do espaço ocupado pelas células da bateria, assim como a maior capacidade de armazenamento de energia é o principal desafio desses elétricos. Até que essas barreiras sejam vencidas, seguimos sendo empurrados com o bom e velho motor, abastecido apenas com combustível, fóssil ou vegetal.