Analisando as postagens nas redes sociais de Adélio Bispo de Oliveira (várias sendo abatidas depois do atentado), encontra-se a procura de informações sobre conspirações e atentados de presidentes americanos que teriam a participação da maçonaria. Manifesta um ódio exacerbado por dois alvos principais, maçonaria e Jair Bolsonaro. Partindo do pressuposto de que “não se odeia o que não se conhece”, o esfaqueador teve, apesar de membro de igreja evangélica, acesso ao ritual mais oculto da maçonaria. Se maçom ele não é, essas informações lhe foram passadas por um profundo conhecedor da seita. Chama a atenção uma dissertação sobre o cordão de 81 nós, algo inusitado até para a maioria dos maçons. Parece que foram inoculadas doses maciças de informações nos últimos meses, de maneira a associar a maçonaria a ritos demoníacos e ao PSDB, com vídeos dos principais caciques tucanos recebendo homenagens em templos.
Sem dúvida, Adélio é dotado de alto QI e de capacidade de leitura e análise crítica. Ele passou a ser bombardeado (aparentemente de fora para dentro) de informações raras e perturbadoras que desenvolveram a determinação de atentar contra Bolsonaro.
Seu perfil é exatamente o de um “estranho” e, por isso, temido pelo establishment financeiro, ao contrário de um Meirelles, que chegou à presidência do Bank of Boston, nos EUA, instituição nascida do Providence Bank, de 1791, fundada pelo comerciante de escravos John Brown, em seguida transformada em Fleet Financial Group of New England, até se fundir com o Bank of Boston.
O atentado de Juiz de Fora pode se encaixar na clássica trama conspiratória que teria vários agentes, nos últimos dois anos mudando a personalidade de Adélio, escolhido como alvo de um projeto MKultra. Esse projeto desde 1947 evoluiu e se potencializou, supostamente com o uso de derivados da escopolamina, um alcaloide que anula a vontade e permite a submissão da personalidade à vontade alheia.
No Brasil não existe e não tem ambiente para um sofisticado projeto de controle da mente; disso se pode crer que apenas a interferência de um ente estrangeiro estaria atuando nesse caso. Não necessariamente conduzido pelos EUA, já que outros países também avançaram nessas pesquisas.
Vasculhando as relações de causalidade, chamam a atenção semelhanças do assassinato do presidente americano William McKinley com a tentativa de apagar Bolsonaro. Ambos ocorreram em 6 de setembro, um em 1901 e o outro em 2018, e os números dos anos somam 11; os dois “atentadores” embrulharam a arma do crime para despistar os seguranças ao desferir o ataque. Outra estranha coincidência aparece em outro assassinato de presidente, já que a semelhança do rosto de Adélio com o do assassino Charles Julius Guiteau, que liquidou em 1881 o presidente americano James Garfield, é impressionante.
Nas redes sociais de Adélio encontram-se pelo menos cinco referências elogiosas à “vida comum” em Cuba. De onde chegaram a ele é difícil de imaginar.
Essas relações poderiam ter chegado ao presidente eleito, Bolsonaro, e acelerado a reação hostil em relação aos cubanos, no Brasil, do programa Mais Médicos? Cuba poderia, direta ou indiretamente, possuir programa de MKultra?
As rusgas entre Bolsonaro e Cuba, ocorridas na última semana pelos R$ 800 milhões de royalties por ano pagos pelo governo brasileiro ao governo cubano pelo Mais Médicos, descortinaram um rancor recíproco. Bolsonaro quer passar a limpo os 8.300 médicos e desvinculá-los da relação de submissão ao país de origem.
O Serviço de Inteligência do Exército, que assessora Bolsonaro, conduz, paralelamente à PF, investigações que abastecem o círculo do presidente eleito. E não paira dúvida de que chamou a atenção para uma necessidade de alerta máximo decorrente do incômodo que Bolsonaro gerou pelo mundo afora. Se existe uma conspiração, difícil é localizar os responsáveis e onde esta se centraliza, já que o presidente eleito incomoda adversários poderosos com suas ideias reformistas.
Pesa também o fato de ser o Brasil uma praça de lavagem de dinheiro, de especulação predatória, de juros exorbitantes, de lucros fáceis de piratas das finanças, de facilidades encontradas por organizações criminosas e até de abrigo em quarentena de terroristas. Todos nadando de braçada na economia conturbada do Brasil.
Das anotações de Adélio entende-se que ele estudou cuidadosamente o atentado, tirou inspiração (ou a tiraram por ele) de fatos históricos, gozava de informações das movimentações de Bolsonaro. Alguém o ajudou e protegeu para chegar no dia 6 de setembro ao encontro de Juiz de Fora. Na delegacia onde foi recolhido, já o aguardava um advogado, que ele estranhou. Ao ser detido, sinalizava estar sob efeito de drogas, com pupilas dilatadas. As imagens imediatamente anteriores à facada o mostram sorridente e determinado, sem dúvida fisicamente preparado para uma tarefa difícil como aquela que viria a desempenhar.
Na entrevista filmada em juízo usa com frieza palavras calculadas, mostrando-se preparado para dar a versão de lobo solitário. Os ingredientes que o cercam precisam ser analisados com muito cuidado.
A história de Adélio seria a de Jason Bourne? Versão hollywoodiana do MKultra, o programa que tanto invocou a família Kennedy, convencida de ter sido o alvo de maldades da CIA. Uma família que, como Cartago, condenada por Catão, “delenda est” (“precisa ser arrasada”), encerrou seu último capítulo com a queda do avião de John John, herdeiro de JFK, em 1999.
Bolsonaro não é um dos Kennedy, tem origem humilde, mas incomoda fortemente o mundo por outras razões. É uma incógnita para quem ganha muito e ganha fácil sem escrúpulo, inclusive com tráficos de todas as espécies.
Pode se preparar para enfrentar poderosos inconformados que dispõem de armas mais sofisticadas e letais que uma faca de 20 cm, esta que daria a impressão de um disparatado lobo.
Terá que mudar para sobreviver a tantas pressões contrárias? Parece que sim.
As conspirações na sombra do poder não são ficções; elas existem e são a mais antiga realidade da história, de Júlio César aos Kennedy, e não pararam em Juiz de Fora.
MKultra, de Kennedy a Bolsonaro (parte II)
O atentado de Juiz de Fora pode se encaixar na clássica trama conspiratória que teria vários agentes
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