A missão que começa para o Cruzeiro na noite de hoje está entre as mais complicadas em que o time se envolveu recentemente. Enfrentar o Boca Juniors na Argentina em um cenário de decisão é sempre uma tarefa difícil, independentemente do momento. Para hoje, mais uma chance da comprovação de que esse elenco é maduro o suficiente para não sentir o peso de estar em La Bombonera, onde o Boca sempre é favorito. Porém, para mim, pensar apenas no aspecto psicológico do jogo é ser simplista demais. É necessário analisar o lado técnico.
É inegável o peso da ausência de Arrascaeta entre os 11 iniciais do Cruzeiro. Provável substituto, Rafinha é um jogador que considero importante para uma mudança de cenário, sobretudo em um jogo no qual o lado físico pode ser um diferencial em um momento de definição. Ele não tem a técnica do gringo, mas tem suas qualidades. É evidente que se muda a característica, ficando basicamente a cargo de Thiago Neves e Robinho a responsabilidade de se comportarem como diferenciais técnicos do time.
O elenco não tem um substituto com as mesmas características que tecnicamente oferece Arrascaeta ao time do Cruzeiro. Rafinha tem mais vigor físico, Raniel é mais atacante, David quase nada fez, e Mancuello definitivamente não mostrou a que veio. Outro nome, experiente e que também poderia fazer essa faixa esquerda é Rafael Sóbis, que talvez não esteja no melhor de sua forma.
Do outro lado, um Boca com jogadores que necessitam de atenção extrema pensando ofensivamente, como Benedetto, Zárate e o excelente Cristian Pavón, mas uma defesa que deixa a desejar, e talvez por isso o técnico Guillermo Barros Schelotto opte por um meio-campo que proteja mais seu sistema defensivo. Vamos ver logo mais.
Clássico. Ainda sobre o duelo do fim de semana, importante falar do Atlético, que teve desempenho bem questionável. Contra o Cruzeiro, o Galo até teve suas chances de abrir o placar no primeiro tempo, mas a queda na etapa complementar foi notável. Pela segunda rodada consecutiva, os equívocos na saída de bola chamaram bastante a atenção. Victor, de grande atuação sob as traves, parecia um pouco afoito, com a insegurança passando a seus defensores.
Quem acompanha este espaço sabe que defendi recentemente a permanência de Cazares entre os titulares, e ainda confio que ele possa ser esse organizador, mas um dos pontos negativos do time foi o camisa 10. Ainda que não tenha se escondido do jogo, acabou acumulando erros e basicamente nada produziu. A cobrança é grande em cima do equatoriano porque é dele que mais se espera.
No extracampo, lamentamos as posturas das duas diretorias antes de a bola rolar, com mais um capítulo de picuinhas pré-jogo. Porém, a aparente mudança de discurso com um encontro na véspera do confronto e as palavras proferidas no domingo, sinalizando a paz entre os lados, nos fazem, novamente, ter boas perspectivas para o futuro. Apenas o torcedor é prejudicado com as brigas internas que vimos na última semana. Que nossos comandantes pensem um pouco mais na arquibancada.
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