Deus é o ser mais real, mais verdadeiro e, gramaticalmente é o substantivo mais concreto. Mas falar sobre ele não é fácil. Por isso, os bolsonarianos criaram um bordão, teologicamente errado.
Quanto mais falamos sobre Deus, mais erros nós cometemos sobre ele. E foi o que mais fizeram os teólogos cristãos antigos. Por isso, não é surpreendente que eles tenham cometido erros em suas definições de Deus. E é tão verdade isso, que sempre houve muitas polêmicas entre os teólogos de todos os tempos sobre Deus. E, sabiamente disse o medieval são Tomás de Aquino: “É mais fácil falarmos o que Deus é do que o que Ele seja!”.
Algumas das doutrinas sobre Deus até foram transformadas em dogmas. E eles, com o devido respeito, são doutrinas polêmicas que, para se tornarem sustentáveis, foi necessário que fossem transformadas em dogmas. E ai de quem, no passado, negasse os dogmas cristãos, ele, ainda vivo, virava “churrasco” nas fogueiras da Inquisição, que eram geralmente perto das igrejas matrizes das cidades, as quais eram invadidas pela fumaça e o odor do “churrasco” humano! E não seria por isso que os dogmas vingaram, vigorando ainda até hoje? A verdade é que muitos religiosos até tremem de medo diante de uma negação de dogmas, dizendo: isso é perigoso! Será que há, ainda, no nosso inconsciente coletivo resquícios do pavor traumatizante da consequência de negá-los? E essa questão é crucial para todos os cristãos, pois as pessoas mais indicadas para corrigirem um erro teológico dogmático são os teólogos, padres e bispos católicos, mas eles têm votos de acatar os dogmas da Igreja e, por obediência a eles, não podem, pois, contestá-los publicamente. E isso vale também para os pastores. Assim, os dogmas do cristianismo vão sobrevivendo. Mas eles constituem o maior problema do cristianismo, pois, realmente, cada vez mais, menos se crê neles! Inclusive, eles levam muitos cristãos de berço ao ateísmo! Aliás, se as doutrinas dogmáticas fossem racionais e não tão polêmicas, não haveria necessidade de elas serem transformadas em dogmas. Entretanto, como fazem os espíritas, devemos respeitá-los e todas as demais crenças. Não devemos fazer delas jamais instrumentos de divisão, mas sim de união entre todos os espiritualistas e até com os ateus. De fato, se uma religião serve para desarmonizar as pessoas que têm ideias diferentes entre si, é melhor ficar sem religião!
E qual é mesmo o erro teológico do bordão dos bolsonarianos? Mas antes dizemos que devemos perdoá-los, pois os próprios teólogos, como vimos, erram falando sobre Deus. E ei-lo: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Como ensina o primeiro mandamento do Decálogo: devemos amar a Deus sobre todas as coisas, ou seja, sobre “tudo” o que existe, logo o bordão bolsonariano correto deve ser: “Brasil acima de todos, Deus acima de tudo!”.
PS: Este colunista participa, na internet, do www.cristoconsoladorisoldino.com.br
O erro teológico do bordão dos bolsonarianos
Quanto mais falamos de Deus, mais erros cometemos
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