Coxinhas e mortadelas do Brasil, uni-vos. Começo a coluna parodiando um dos mais famosos chamamentos de Karl Marx em defesa da classe proletária: “Trabalhadores do mundo, uni-vos”. Mas não quero, com isso, enaltecer o socialismo, mesmo porque o regime jamais levou prosperidade a lugar algum, com seu próprio discurso social moralista se corrompendo sempre que assumiu o poder. Sabe aquela historinha idiota que a esquerda gosta de apregoar, a respeito do desprezo que a burguesia tem pelos pobres? Vamos esquecer. E se você é um mortadela ativista com um alto grau de intolerância, cujos sintomas não admitem uma mínima explicação sequer do pensamento libertário, faça um esforço supremo. O país sofre com uma doença crônica que vai muito além das bandeiras de esquerda ou direita.
É hora de deixar de lado as retóricas populistas criadas para instigar a divisão de classes. Chega de perder tempo demonizando adversários imaginários, o Brasil só ressurgirá das cinzas se nos unirmos em torno de um propósito maior. É preciso compreender que a realidade social não gira em torno da exploração privada sobre a classe operária – estas são pontuais e devidamente punidas – portanto, deixem o vermelho em casa e vamos todos nos vestir de verde, amarelo ou branco e ir às ruas reivindicando ética e moralidade neste país de rebotalhos políticos, que sugam, sem dó, o sangue do povo, sejam empresários ou operários. Um dos nossos grandes problemas foi muito bem explicado pelo deputado Nelson Marchezan Junior, na Comissão Especial de Medidas Contra a Corrupção – procurem no YouTube por “Deputado Nelson Marchezan denúncia complô entre políticos corruptos”.
Marchezan fala sobre os conchavos políticos em um parlamento que, mais do que representar a sociedade, representa o jogo corporativista, e que as medidas contra a corrupção são medíocres e simplórias, pois a maior corrupção do Brasil não está na Lava Jato, mas, sim, nos salários ilegais das corporações, cujos valores alcançam R$ 10 bilhões. Marchezan está certo, assim como é certo que corrupção afeta a atividade econômica e a competitividade do país. Várias empresas que ameaçaram denunciar pedidos de suborno de funcionários públicos passaram a ter problemas de fiscalização e atraso de documentos em seus projetos. Isso tem que acabar, assim como também devem ser punidas as empresas corruptoras. A lei anticorrupção é um passo muito importante, mas é só o começo do caminho a seguir. Vamos às ruas, todos juntos.
Entre a gente
Acontece no próxima próxima terça-feira, dia 6, o jantar de fim de ano promovido pela ADCE e a homenagem ao “Dirigente Cristão de Empresa” 2016, com o prêmio “ADCE Minas de Responsabilidade Social Empresarial”. O evento será realizado no restaurante Abbraccio, no PIC Cidade.