O censo de religião divulgado pelo IBGE mostra um crescimento expressivo da religião evangélica no país, e maior do que qualquer outra religião em números absolutos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a principal instituição pública do Brasil responsável pela produção e analise de dados sobre a população, geografia, economia. Recentemente, em 2022, o IBGE realizou o censo que constatou o crescimento da população evangélica em comparação ao censo de 2010, de 12,4 milhões de pessoas ou de 5,2%. O crescimento foi menor que o registrado entre os censos de 2000 e 2010, de 6,5%.
O sociólogo José Eustáquio Diniz Alves havia dito que o Brasil se tornaria um país majoritariamente evangélico em 2032, mas essa previsão foi revista após o censo de 2022. O sociólogo calculou que mantida a atual taxa de crescimento, a maioria evangélica deverá ocorrer em 2049 e não em 2032, conforme dito anteriormente.
O pastor Silas Malafaia e outros lideres evangélicos questionaram a metodologia e os resultados apresentados pelo IBGE, afirmando que há um crescimento maior entre os evangélicos.
Segundo o IBGE o percentual de evangélicos no Brasil saiu de 21,7% conforme o censo de 2010 para 26,9% de acordo com o censo de 2022. Este crescimento é mais perceptível entre os jovens.
A região Norte tem o maior percentual de evangélicos, com 36,8%. Os estados do Acre, Rondônia e Amazonas tem o recorte populacional 44,3%, 41% e 39,3% de evangélicos, respectivamente. Os estados com o menor número de evangélicos são Piauí, Sergipe e Ceará 15.5%, !8,2% e 20.7%, respectivamente.
Percentual de evangélicos por região no Brasil:
- Norte: 36,8%
- Centro Oeste: 31,4%
- Sudeste: 28,0%
- Sul: 23,7%
- Nordeste: 22,5%
A titulo de comparação os evangélicos conforme o censo de 2022 são 26,9% da população, enquanto em 1970 eram de apenas 5%.
O censo mostra o declínio do catolicismo, em 1970 mais de 90% dos brasileiros eram católicos, sendo que atualmente este número um pouco mais do que 56%. Mostra também um recuo de espiritas no Brasil, que saíram de 2,2% da população para 1,8%.
Além dos evangélicos, existe também um crescimento das pessoas que se declaram sem religião, este recorte populacional agora é 9,3% dos brasileiros, 1,4% a mais do que o último censo.
O Sul é a região com mais adeptos da umbanda e do candomblé.
O Brasil nunca foi tão diverso religiosamente, contudo mantém a predominância do catolicismo.