Na Globo, o primeiro critério para escolher o apresentador do Big Brother Brasil é claro e inegociável: tem que ser jornalista. A emissora considera que só esse profissional reúne a formação necessária para conduzir transmissões ao vivo com responsabilidade, domínio de improviso e consciência do peso de cada palavra dita diante de milhões. Trata-se de entretenimento, sim, mas com a exigência de um rigor técnico e ético que vai muito além do carisma.

Esse princípio acompanha a história do reality desde Pedro Bial — e foi mantido com Tiago Leifert e Tadeu Schmidt. A formação jornalística oferece ao apresentador não apenas fluência diante das câmeras, mas preparo para lidar com pressões ao vivo, crises inesperadas e até discursos que podem influenciar diretamente a opinião pública.

Nos bastidores, a Globo já vem preparando nomes para eventualmente assumir o comando do BBB no futuro. Um deles é Danilo Vieira, repórter experiente do Jornal Nacional, que vem sendo cuidadosamente testado em programas de entretenimento e reportagens mais leves, como parte de um plano de transição gradual. Outro nome que tem ganhado força internamente é Fred Bruno, atual apresentador do Globo Esporte SP, cuja desenvoltura e carisma aliados à formação jornalística vêm chamando atenção da direção da emissora.

Por enquanto, nada muda — Tadeu Schmidt segue confirmado no BBB26 e tem contrato renovado até 2028. Mas o movimento mostra que, mesmo quando se trata de um programa de entretenimento com grande apelo popular, a Globo não abre mão de um critério fundamental: a credibilidade. E, para a emissora, ela começa no jornalismo.

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