Quando assumiu o comando dos domingos da Globo, Luciano Huck sabia que enfrentaria mais do que a sombra de Faustão — encararia o desafio de dialogar com um público acostumado à estabilidade de décadas. Três anos depois, o apresentador encontrou seu próprio compasso. Longe de tentar reproduzir um modelo anterior, Huck optou por imprimir uma identidade mais próxima, social e emocional ao Domingão, e os números de audiência refletem esse acerto.

O Quem Quer Ser Um Milionário?, o quadro mais emblemático da atual fase, não apenas resgata o formato de quiz como também emociona ao valorizar histórias de vida. Há sensibilidade na curadoria dos participantes, na condução das entrevistas e, principalmente, na escuta ativa do apresentador. Huck não tenta ser um animador: ele é um condutor. E essa é a diferença que transformou o programa em uma plataforma de impacto — e de altíssimo valor para o mercado publicitário.

Apesar de críticas esparsas que questionam seu estilo mais sereno, o apresentador vem se consolidando como um nome sólido no comando dominical. Ao contrário de outros formatos que já passaram por altos e baixos, o Domingão com Huck não apenas sobreviveu à transição, como passou a liderar com folga em todas as praças.

Luciano Huck nos bastidores da TV Globo

Se a televisão aberta ainda resiste como espelho da sociedade brasileira, Huck entendeu que o segredo não está em gritar mais alto, mas em falar com propósito. Aos poucos, foi ganhando a confiança do público — e, talvez, das gerações futuras que já veem no seu estilo uma nova forma de ocupar o horário mais nobre da semana.

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