Opinião

Diálogo e atitude

Em defesa da democracia

Por Sagrado Lamir David
Publicado em 26 de fevereiro de 2020 | 03:00
 
 
 
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Brigar jamais! Quem briga quer impor, ou melhor, impor-se, pois ninguém é dono da verdade. Daí a única saída democrática ser o diálogo. Mas diálogo corajoso, que não quer impor, e sim discutir com abrangência e igualdade algo importante, porque é melhor para todos os seres vivos, não apenas os seres humanos, mas também para para o sentido universal de todos nós!

Será que pretendo ser criador de um deus com características humanas e, quem sabe, com inteligência artificial, para talvez criar novos escravos, pelo pensamento e até pela consciência? E daí? Como perguntaria nosso poeta maior, Carlos Drummond de Andrade.

Isso me faz pensar na frase de meu apreciado articulista, Millôr Fernandes, que escreveu em um artigo que “o ser humano é um animal inviável”, sendo muito criticado por isso.

Hoje creio que ele tinha certa razão, pelo que os homens têm feito de abusivo com sua própria criatividade, usando-a mais para o mal do que para o bem. E daí? De novo repetindo Drummond. E daí que não podemos fugir de nossas responsabilidades, isto é, temos que assumir atitudes.

De preferência, atitudes que partam de diálogos que assumam que ambas as partes, ou mais, estão falando a mesma língua, e, mais que tudo, que assumam uma atitude democrática, isto é, favorecendo a todos. Ou democracia não é governo do povo, pelo povo e para o povo? Mesmo que tenham assassinado Abe, o defensor dessa formidável ideia.

Querem melhor momento do que as eleições municipais que estão por vir em 3 de outubro? Chega de fake news! Basta de mentiras de candidatos de seus próprios interesses! Chega de corruptos e sem-vergonha que também só se veem a si próprios, egoístas e falsos patriotas, que só cogitam do lado pessoal e de grupos! Não interessa se partidários, se políticos, se ideológicos, ou até mesmo religiosos.

A democracia é um direito universal, que tem Deus maior, que fala em nome de todos nós, bastando que tenhamos a coragem, todos nós, de assumir esta que é a razão maior do ato nobre de viver.

Mostremos a nossos falsos representantes quem somos nós, eleitores independentes e conscientes, sabendo escolher entre eles nossos verdadeiros representantes no sublime ato de viver, conviver e usufruir de direitos universais de paz, de amor, de saudade, de solidariedade, de fraternidade e de respeito universal.

Veremos, depois das eleições municipais de 3 de outubro de 2020, o que poderemos esperar das eleições estaduais e federais, em todas as áreas dos chamados Três Poderes de uma verdadeira República democrática.

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