Artigo

Intolerância religiosa

Perseguição a testemunhas de Jeová

Por Walter Freoa
Publicado em 04 de fevereiro de 2020 | 03:00
 
 
 
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No decorrer dos anos, vê-se o surgimento de uma geração narcisista, que, sem qualquer remorso, utiliza meios cruéis para alcançar seus objetivos. No último século, mais de 180 milhões foram vítimas de genocídio, violência étnica, fome, pobreza e especialmente intolerância religiosa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para o avanço dos crimes de intolerância religiosa no mundo, com a proliferação de atentados contra fiéis e locais de adoração. Hoje, 61% da população mundial vive em países onde a liberdade religiosa não é respeitada.

É essencial lutar contra o discurso de ódio agora porque a coexistência pacífica entre as pessoas envolve reconhecer que cada um tem “o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião”.

Apesar de se falar tanto de liberdade e tolerância, milhares de testemunhas de Jeová na Rússia enfrentam ataques violentos com invasões, interrogatórios, detenções e tortura física.

No fim de 2019, havia 32 testemunhas de Jeová presas, outras 28 em prisão domiciliar e outras 121 que não podiam sair de suas cidades. Todos foram acusados de organizar, participar ou financiar a atividade de uma organização considerada “extremista”.

Esse assaque estatal alega que alguns discursos e livros distribuídos pelas testemunhas de Jeová, incluindo a Bíblia, são extremistas e ferem a lei russa.

Essa situação lembra o período entre 1933 e 1945, quando a intolerância religiosa chegou ao extremo na Alemanha nazista. Cerca de 10 mil alemães que professavam ser testemunhas de Jeová foram perseguidos pela máquina de Hitler.

Dois mil deles perderam a vida em campos de concentração. Encarcerados e mortos porque não aceitavam apoiar o império (“Reich”) nem qualquer outro país, as testemunhas de Jeová eram identificadas nos campos de concentração com um triângulo roxo.

Elas se apegaram aos princípios bíblicos e, felizmente, conseguiram resistir apesar do preconceito, da propaganda contrária e da perseguição.

Afinal, será que acabará essa intolerância, violência e crueldade algum dia? A Bíblia diz que o “amor... é o perfeito vínculo de união” (Colossenses 3:14).

Com base em seu estudo da Bíblia, as testemunhas de Jeová confiam que logo chegará o dia em que o sofrimento e a crueldade serão lembranças do passado.

Nessa época, as pessoas “se sentarão (ou morarão) cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os faça ter medo” (Miqueias 4:4). Quão maravilhoso será o dia em que o amor vencerá o medo

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