Recentemente, um amigo me perguntou sobre o que eu poderia sugerir para que ele se proteja da alta da inflação. Pois bem, registro que não sou economista, mas acompanho o mercado de perto. Respondi para ele de forma quase imediata: imóveis. Por quê?
Em janeiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, a inflação foi de 0,71%. Ao fim do mesmo ano, fechou em 4,52%, a maior alta desde 2016. Hoje, segue subindo a passos largos. Em setembro, o índice fechou em 1,16%, a maior taxa dos meses de setembro desde a criação do Plano Real, em 1994. No acumulado de 12 meses, são impressionantes 10,25% de alta.
Se consideramos a inflação nos últimos 12 meses, qualquer investimento, para acompanhar no mínimo a inflação, tem que alcançar 10,25% anuais. Não irei aqui, adentrar em ações em Bolsa de Valores, porque entendo que se trata de investimento mais arriscado.
Para quem direciona os recursos para a poupança, de acordo com especialistas, a previsão é que o rendimento fique em 6,07% este ano. As CDIs ou CDBs, que talvez sejam, depois da poupança, os investimentos mais procurados pelos conservadores, devem fechar no ano de 2021 em torno de 6,5% a 7,5%. Ora, se a inflação está em 10,25%, quem tiver dinheiro aplicado nestas categorias, terá uma desvalorização, somente neste ano, em torno de quatro pontos percentuais.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), acumulado nos últimos 12 meses, foi de 15,93%, ou seja, em média 5% acima da inflação. Assim, quem utiliza seu dinheiro para adquirir ou construir um imóvel, terá um ganho real em torno de 5% ao ano, o que não aconteceria com os investimentos antes citados.
Se o valor médio do metro quadrado de um imóvel for R$ 2.500 e a pessoa comprar um bem de mil metros quadrados, será necessário desembolsar, em média R$ 2,5 milhões.
Esses mesmo imóvel pode ensejar um aluguel em torno de R$ 50 o metro quadrado, o que terá como resultado a receita bruta em média de R$ 50 mil. Ou seja, a aplicação de R$ 2,5 milhões acima mencionada, vai gerar receita bruta mensal em média de 2% ao mês, ou seja, muito melhor que qualquer aplicação financeira.
Para quem não tem recursos guardados, sugiro a aquisição de imóveis pelo sistema SFH, que é o Sistema Financeiro da Habitação. As taxas de juros imobiliários, mesmo no cenário atual, variam entre 6,55% e 8,50% ano + TR, ou seja, abaixo da inflação.
Independente da tabela escolhida, as prestações não aumentam. Portanto, se a inflação continuar subindo, a prestação que em um primeiro momento pode parecer alta, ficará irrisória com o passar do tempo. Além disso, este imóvel adquirido como investimento poderá ser locado, cujo valor pode ser usado para quitar as prestações.
E por fim, termino este texto parafraseando Darla Lopes: “Não é quanto você ganha que determina o seu sucesso financeiro, e sim o que faz com quanto ganha”.
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