John Kennedy foi assassinado em novembro de 1963. Foram três anos na Presidência dos Estados Unidos. Mesmo assim, JFK deixou um enorme legado. Considerado por muitos como grande visionário, ele disse algo que faz muito sentido em meio a essa pandemia: “Quando escrita em chinês, a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade”.
E é isso que temos visto desde que o coronavírus tornou-se um inimigo real. Ao primeiro sinal de que a Covid-19 poderia se alastrar, algumas empresas começaram a desenhar e/ou colocar em prática o seu plano de contingência. Outras não fizeram nada. E ainda vemos aquelas que não têm a mínima ideia do que vão fazer.
Adivinha quais vão sobreviver? Com certeza, as que entenderam que uma crise começa a ser administrada antes de ela acontecer e não depois. Por mais que não saibamos os efeitos da pandemia, assumir o leme vai ser melhor que deixar o barco à deriva...
Como? Olhando mais para as oportunidades do que para os problemas. Pode parecer fácil para quem é da área de tecnologia, mas muitas soluções surgiram em meio às crises. A penicilina, descoberta por Alexander Fleming em 1928, foi um desses exemplos.
Não existe uma fórmula pronta para muitas de nossas mazelas. Mas, que tal sair da inércia e aproveitar o momento para criar? Primeiro, é necessário olhar para o seu negócio e identificar os problemas, ou chamados “gaps”. Depois, analisar o mercado e mapear a concorrência. E, por fim, implementar as ações necessárias para superar o problema.
Se der errado num primeiro momento, mude. É um processo contínuo de adaptação. Está sendo assim para nossa empresa, que tem sido um case para o mercado, pois conseguiu manter a operação com 100% das atividades em formato home office. Isso só foi possível com um time engajado. Resultado? Otimizamos processos, economizamos suplementos, contribuindo para a sustentabilidade, e ainda apoiamos o isolamento social antes mesmo dos decretos oficiais.
Isso aconteceu de maneira automática, simples e fácil? Não! Precisamos nos adaptar, criar ferramentas, buscar parceiros e estarmos abertos a sugestões. O processo da inovação é colaborativo e não impositivo. Por isso, quem sabe, tantas empresas estejam sofrendo. A “cabeça do dono” não pode ser o único norteador do negócio nesse momento inédito.
Ouvir mais, principalmente os especialistas, vai nos ajudar a entender o problema e buscar a solução. Isso serve, inclusive, para o Brasil. Tanto do ponto de vista da economia quanto da saúde. Precisamos aprender com os países que já passaram pelo pico da Covid-19. Aprender com os acertos e com os erros.
Os impactos serão profundos, sabemos. Mas, com base nessa visão que exponho aqui, será possível suplantar as agruras. Separados fisicamente, unidos mentalmente.