O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Morar no exterior pode ser uma experiência fantástica ou muito deprimente.
Não é tão simples assim, tudo depende do quanto você se preparou para essa mudança.
Muitos fatores são determinantes para que essa nova vida fora do país seja feliz e que dê certo. Para o estrangeiro acontecer no Brasil o casamento precisa ser quase perfeito. A adaptação não é fácil.
Distância da família, idioma, costumes, ambiente e entrosamento são alguns fatores.
Corpo aqui, cabeça lá não funciona.
Se o atleta não estiver com a cabeça em ordem e o coração tranquilo, dificilmente irá se adaptar no exterior.
Aceitar o novo.
O custo-benefício está ligado à gestão estratégica de projetos e todas economias e benefícios, e isso tem relação com a preservação de recursos, a divulgação positiva de ações, a produtividade dos colaboradores, leia-se jogadores, ou o uso de material mais barato, mas de qualidade.
O dólar nas alturas não permite grandes saltos.
Saber contratar. Eis a questão.
Não é fácil.
Temos mais exemplos de fracassos do que sucessos pelo Brasil afora nessas décadas de Superliga. Gringos que chegaram e partiram, ganhando bem e em dólar, sem deixar saudade.
Turismo às custas do inocente patrocinador.
O blog ficaria dias teclando citando os micos históricos.
A pergunta é: afinal, eles ainda resolverm?
Minas e Sada/Cruzeiro provaram que sim.
Neriman Ozsoy, ponteira turca, foi execrada no início da temporada para depois assumir o papel de protagonista na reta final calando a torcida e os críticos, incluindo o nobre escriba.
É obrigação reconhecer os méritos.
Claro que o Minas não foi tricampeão só por causa da presença de Neriman, mas ela ajudou.
Aliás, ajudou e jogou muito mais por exemplo que Anne e Brayelin Martinez estrangeiras do Praia Clube e adversário na decisão.
Miguel López, do Sada, é outro caso.
Aposta que deu certo através do olhar cirúrgico dos dirigentes em 2019 quando optaram pela contratação do cubano. Filosofia aprovada e testada com Leal, hoje referência mundial. López, como diz o ditado, vale quanto pesa.
Nia Reed, ex-Bauru, idem. O clássico exemplo do custo-benefício. Entregou na fase de classificação e entregou nos playoffs, literalmente falando.
E o papelão de Aliyeva, do Azerbaijão?
Quem indicou? Quem aprovou?
Adams, de Osasco, que vinha de lesão, fez a parte dela.
Respondeu.
Yonkaira Peña, ex-Flamengo, idem.
Os demais, entre elas e eles, passaram despercebidos.
O que se nota para a próxima temporada são algumas caras novas. A polonesa Malwina Smarzek que irá desembarcar em Osasco é a maior atração.
Expectativa grande.
O Flamengo foi atrás da desconhecida levantadora Brie King.
Robert Täht, da Estônia, chega para São José dos Campos.
Se irão vingar, não dá para cravar.
A regra é em qualquer lugar do mundo é simples: estrangeiro é contratado e tem obrigação de resolver e fazer a diferença.