O vôlei com conhecimento e independência jornalística
A história da modalidade passa necessariamente por Cuba.
Uma das mais tradicionais escolas do mundo está de volta à elite. É uma espécie de renascimento.
A seleção masculina de Cuba conquistou no fim de semana a Copa Challenger, segunda divisão da VNL.
Em 2023 estará desfilando ao lado das maiores potências como França, Estados Unidos, Itália, Polônia e Brasil.
O resultado expressivo não é uma vitória apenas de Cuba. O vôlei ganha com a presença deles.
Tradição.
Cuba, duas vezes vice-campeã mundial, fez falta. Os mais antigos vão lembrar do craque Joel Despagne, estrela da medalha de prata no Rio em 1990.
A queda deles é um dos mais tristes episódios da modalidade. Tudo por causa do velho e autoritário regime dos governantes.
Uma conta que a seleção feminina paga até hoje.
A saída foi literalmente o exterior em busca de melhores condições de vida e alívio financeiro. Eles e elas. Uma decisão que impedia quem deixasse Cuba de jogar e defender a seleção.
As fronteiras se abriram e os jogadores cubanos começaram a imigrar para o exterior.
Juantorena fez carreira na seleção da Itália. Leal é do Brasil e Leon da Polônia.
Hoje o covarde regime faz parte do passado e Cuba gradativamente começa a colher os frutos da independência.
O título da Copa Challenger diante da Turquia chega como divisor de águas. Isso sem Simon, ex-Sada/Cruzeiro, que não jogou porque testou positivo para covid-19.
Cuba teve Lopez e terá Simon no mundial a partir de 26 de agosto.
Há motivos para comemoração. Não há motivos para exageros.
É cedo e precipitado dizer que Cuba veio para ficar.
Ainda não.
A única certeza para Cuba é que para recuperar o tempo perdido seria necessário abandonar o passado.
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