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Surpreendente, sim.
Primeiro é bom deixar claro que não se discute as virtudes e muito menos o potencial técnico de Carol Gattaz.
A questão envolvendo o retorno dela é saber se a jogadora terá fôlego e condições físicas até Paris 2024, objetivo final do ciclo olímpico.
O tempo não será suficiente para responder.
Aliás, o tempo é algo que não volta atrás.
Para o Mundial, que começará daqui a 50 dias, pode funcionar.
Pode.
É fato e indiscutível que o entrosamento com Macris e a base do Minas foram decisivos para o retorno dela.
Carol chega para jogar. Não se espera outra coisa.
A tendência natural é que seja poupada contra os pequenos e entre em quadra contra os grandes.
Normal.
José Roberto Guimarães sugere, diretamente, que as representantes da nova geração não responderam. Não como ele pretendia ou no prazo que o treinador esperava. Caso contrário, Carol não teria sido chamada.
Não há outra explicação.
Não foi a ausência de Diana que pesou.
Na cabeça dele, Julia Kudiess e Lorena não estão prontas, algo que poderia acontecer, o que nunca foi o caso de Mayany, merecidamente deixada de fora.
Bauru está de bom tamanho para ela.
O ruim é que, paralelamente, o processo de renovação tão sonhado e necessário, e que caminhava relativamente bem, anda para trás.
José Roberto Guimarães ainda tem crédito de sobra.
Visão é a capacidade de enxergar além do que os olhos são capazes.
Existem caminhos que nos fazem chegar mais rápido a um lugar e outro que nos fazem caminhar mais para chegar.
Ele sabe melhor que ninguém que Mundial não é VNL. É outro departamento.
Na cabeça dele e da comissão técnica, Carol Gattaz conseguirá fazer a diferença.
A conferir.
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