O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Ele foi contratado como salvador da pátria.
Só que o status de Bernardinho mudou antes mesmo da estreia no comando da seleção da França.
A medalha de ouro conquistada na Olimpíada de Tóquio, brilhantemente sob comando de Laurent Tillie, mudou radicalmente a relação entre as partes.
A cobrança no caso.
O técnico brasileiro assumiu o cargo presssionado e com a obrigação de, no mínimo, manter a França entre as melhores do mundo, já que o máximo que pode fazer é igualar o feito do antecessor em Paris 2024.
Isso se chegar até lá.
No primeiro teste, fracassou.
Bernardinho sequer conseguiu colocar a França entre os 8 da Europa e a queda para a República Tcheca, 3 a 0, fez os franceses andarem para trás.
Há 2 anos, Tillie colocou a seleção no quarto lugar.
A justificativa para o fracaso certamente passará pelo pouco tempo de treinamento. Desculpa natural, mas que não convence, ainda mais tratando-se de Bernardinho.
A França caiu. E feio.
Bernardinho ficou devendo e o currículo apresentado não será suficiente para segurá-lo no cargo.
A política na Europa é outra.
A Federação não é Flamengo.
Contratado a peso de ouro, terá que responder. E rápido. Ou muda a filosofia de trabalho, ou mudam com ele.