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A derrota para Barueri nas semifinais do estadual marcou o fim da temporada em Bauru.
Era a única possibilidade de conquistar algum título no ano.
Sim, porque Bauru pode ganhar um ou outro jogo dos grandes, mas não conquistará a Copa Brasil e muito menos a Superliga. Sendo assim, acabou.
O discurso é o mesmo porque nada mudou.
Nada mudou e não mudará.
A responsabilidade é dos dirigentes que mudaram a filosofia anterior, motivo de orgulho da cidade, e aceitaram a parceria com o Sesi, ou seja, comprometimento zero.
Ganhar ou perder tanto faz para os caras.
O mais grave é ser conivente com as exigências do Sesi. A troca de Anderson por Rubinho é ridicularizada nos bastidores, mas ambos são funcionários da empresa.
Mas o técnico respira tranquilo porque sabe que não cai.
Não cai, mas passa vergonha sendo rejeitado taticamente e publicamente pelo grupo como no terceiro jogo contra Barueri.
O que conta são os salários nos bolsos no fim do mês.
O Sesi não cobra, mas dinheiro não aceita desaforo.
Se fosse um clube sério, a casa, como se diz na gíria, já tinha caído e Rubinho seria demitido. Não pelo fato de ser fraco como treinador e sim pelas contratações, afinal, os nomes em tese passaram por ele.
Ou nem isso?
Bauru tem uma ótima líbero, uma boa levantadora, a experiência de Suelle e a esperança que habilidosa Drussyla renasça. Bola ela tem de sobra.
As estrangeiras não vingam.
Não tem ponteira de composição.
O time trouxe inexplicavelmente 4 centrais, todas iguais. Umas gritam mais que as outras, essa é a diferença.
Aliás, nesse aspecto Rubinho tem razão quando aos berros nos pedidos de tempo disse que no grito o time não iria ganhar.
Hilário.
Nem no grito, nem na bola.
O que tem de dinheiro, Bauru tem de incompetência na hora de fazer as escolhas.
O maior atestado é constatar que atletas como Gleice, com passagem pelo clube e dispensada, estão hoje brilhando do outro lado.