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Dura, mas previsível a derrota do Brasil nas semifinais para a Rússia, dona do melhor vôlei da Olimpíada.
Merecimento.
3 vitórias em cima do mesmo adversário em praticamente 1 mês e ainda assim a comissão técnica da seleção não aprendeu a jogar contra a Rússia.
Paciência.
Se há 7 anos a surpresa foi a mudança de posição de Muserskiy, hoje foi a entrada de Podlesnykh. O ponteiro ajudou e foi determinante para mudar a história do terceiro set com uma boa sequência de saques.
Acuado, o Brasil travou.
Quem quer ser campeão olímpico não pode abrir 20/12 e perder. Mas perdeu. Não existe emocional que resista.
Os assistentes de Renan, cheios de tecnlogia e parafernálias, de novo deixaram o patrão nas mãos. Não conheciam e não sabiam quem era Podlesnykh.
Agora sabem.
Não que o ponteiro tenha definido a semifinal pontuando, mas a entrada dele foi sim decisiva na parcial. Regularidade e confiança no saque, exatamente o que o Brasil não teve depois do primeiro set.
O coelho da cartola de Tuomas Sammelvuo, adepto da velha e tradicional prancheta, não fez o estrago de Muserskiy em Londres e até então era um simples coadjuvante nos jogos, mas agora não será esquecido.
Não pela comissão técnica do Brasil.
O levantador Kobzar fez um jogo simples, mas sempre eficaz.
Mikhaylov disparado o melhor e mais eficiente. Kliuka pontual e o central Iakovlev um gigante na acepção da palavra.
O Brasil não mudou.
Bruno impreciso e tenso, inexplicavelmente pela experiência.
Douglas Souza terminou em quadra, mas começou no banco. Assim foi toda a Olimpíada, pedindo espaço e vendo Leal e Lucarelli como titulares.
A audácia de Sammelvuo fica como lição para a teimosa comissão técnica da seleção brasileira.
Leal e Lucarelli juntos não vingaram.
Fato.
O Brasil só não passou aperto com os dois juntos contra a fraca Tunísia e o inexpressivo Japão quando fez 3 a 0.
Renan e seus homens de confiança não viram assim ou quando perceberam já era tarde.