Coluna Cadu Doné

O Atlético não precisa de vitimização

Com um momento tão iluminado, não entendo por qual motivo parte significativa da massa preto e branca gasta tanta energia com uma narrativa de “quebra das injustiças

Por Cadu Doné
Publicado em 29 de novembro de 2021 | 03:00
 
 
 
normal

Hulk é disparado o melhor do brasileiro. Ganha cerca de 1,2 milhões de reais por mês. Fez jus, em campo, com juros e correção monetária, ao peso de uma expectativa descomunal e ao alto investimento da diretoria. Cuca é um dos mais competentes treinadores do nosso país. Por essas e outras, o Atlético será o campeão nacional. Ótima fase, “novo rico” que saiu das dívidas quase impagáveis para integrar o trio de bilionários do nosso futebol – junto ao Palmeiras e ao Flamengo. A família Menin é competente. Sérgio Coelho e Rafael Menin, que conheço com mais profundidade, são pessoas inteligentes, e têm acertado muito na gestão do futebol alvinegro. Dito isso, com um momento tão iluminado, não entendo por qual motivo parte significativa da massa preto e branca gasta tanta energia com uma narrativa de “quebra das injustiças”. É hora de celebrar. Leveza.

Jornalistas perseguidos

Amante dos esportes desde sempre, um dos motivos que sempre me levaram a sair das resenhas futebolísticas durante os recreios na escola,  e dos intervalos das faculdades que frequentei – meus colegas do direito e do jornalismo se preocupavam bastante com isso; os da filosofia, o que não surpreende, ignoravam o futebol – era a descomunal cegueira clubística. No nosso mundo onde a demagogia gera frutos nos bastidores e nas aparições públicas, fico triste com a cisma injusta que torcidas como a do Atlético e do Palmeiras – em outros momentos, por exemplo, a do Cruzeiro – nutrem contra um dos melhores jornalista do Brasil, Mauro Cezar Pereira.  

Pênaltis absurdos

Na quarta, o Fluminense foi beneficiado por um pênalti inexistente contra o Inter. Eu não marcaria, de forma alguma, irregularidade naquela ocasião – embora o lance seja infelizmente discutível dentro dos bizarros critérios do “neofutebol”. O pênalti anotado para o Atlético na vitória de ontem sobre o tricolor carioca foi um acinte. Pensar que o árbitro ainda consultou o VAR para decidir de maneira tão infeliz nos lembra da estupidez da condição humana – que ataca, inclusive, este que vos fala.

Choradeira desnecessária

Foram muitos os pênaltis inexistentes anotados para o Atlético neste campeonato. Na última semana, viralizou um vídeo para “responder” a estas observações, mostrando seis ocasiões nas quais supostamente o Galo fora prejudicado por pênaltis não marcados. Na minha avaliação, não marcaria cinco destas ações lamentadas – e uma delas não consegui ver pela falta de qualidade da imagem especificamente do lance em si (e, confesso, não me recordo desta ação na época do próprio cotejo). Arbitragem...

Falta de critério

Há anos se fala bastante em Minas Gerais, de modo pejorativo – no sentido de que o sucesso do Palmeiras se deve a altos aportes financeiros –, do poder decisivo de Leila Pereira. “Tia Leila” se transformou num termo comum em Belo Horizonte quase como “trem” – eu mesmo já usei. O problema é a desonestidade intelectual, sobretudo de jornalistas, para não se utilizar a expressão “papai Menin” numa acepção similar – e não estou dizendo que esta há de ser negativa.  

Dinheiro

A robusta e competente contribuição dos Menin é responsável mais do que direta para o posicionamento do Galo num “novo patamar”.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!