O corpo é o resultado de constantes processos. Nestes, precisamos estar sempre atentos e entender o que é resultado de um envelhecimento natural e o que é resultado de um adoecimento crônico em formação.

Quando pensamos em saúde articular, o início pode ser sutil. Já tentou colocar um anel e percebeu que ele não entrava mais no seu dedo?

Isso pode ser resultado de ganho de peso, mas não é raro ignorar os sinais e pensar “Hoje estou inchado(a)”, deixando para lá. Principalmente se o obstáculo é a articulação.

Esse pode ser o primeiro sinal do início de um quadro de artrose, doença degenerativa crônica que, na percepção de muitos, é uma doença genética inevitável. Só nos resta lamentar e aguardar que a mão fique dolorida, disfuncional e apresente deformidades.

Principalmente porque, ao verificar o passado, a pessoa identifica que o quadro está presente em outros familiares, como um tio, um primo ou até a própria mãe.

Essa percepção cria a ilusão de que essa condição é uma prisão genética. Mas, assim como quase tudo na vida, temos muito mais livre-arbítrio do que podemos prever.

É preciso dissociar o que é genético do que é familiar. Existe uma quantidade quase infinitamente menor de doenças genéticas do que popularizamos. Comumente, os mesmos adoecimentos se manifestam em uma família, não pela genética, mas porque, neste núcleo, são compartilhados os mesmos hábitos, para o bem ou para o mal.

A atribuição de um adoecimento a uma causa genética não é algo propagado apenas pelo senso comum. Muitas vezes, mesmo o profissional de saúde responsável pela família pode utilizar-se desse discurso, pois essa fala gera um conformismo em relação ao processo degenerativo que retira o profissional de uma linha de cobrança. Se é inevitável, ele não precisa se deslocar de seus conhecimentos prévios para oferecer uma solução melhor.

A artrose é uma condição em que ocorre a destruição da cartilagem, estrutura que torna as extremidades dos ossos lisas e deslizáveis, permitindo o movimento articular.

Com essa destruição, a mobilidade fica prejudicada e é acompanhada de dores crescentes, proporcionais ao tamanho da deterioração cartilaginosa.

A artrose pode ou não se associar a processos inflamatórios ativos, que se manifestam como: calor, rubor, edema e dor – e, neste caso, recebe o nome de artrite.

Existem alguns suplementos no mercado que podem ajudar a reduzir a progressão do adoecimento. No entanto, é fundamental reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura saturada.

Manter a prática de atividade física que fortaleça a musculatura e evitar sobrecarga articular também são boas medidas protetivas.
Felizmente, já existe um segmento da medicina muito implicado em cuidar de adoecimentos crônicos com uma abordagem restaurativa. Ele é uma grande promessa para reduzir procedimentos cirúrgicos e limitações.