O dia de hoje determina o fim de um ano que deixará sua marca. Teve Brumadinho. Teve o massacre de Suzano; o sequestrador morto por sniper; terror em presídios; políticos cassados; políticos soltos. Gugu Liberato, Ricardo Boechat e Beth Carvalho morreram.
A Amazônia pegou fogo. Petróleo manchou o mar. A violência contra mulheres disparou. A Bolsa de Valores bateu recordes. A taxa básica de juros é a menor que já tivemos. Negros são maioria nas universidades. O Supremo Tribunal Federal se tornou a segunda pior instituição do país, na avaliação dos brasileiros, após julgar cinco questões fundamentais: criminalização da homofobia, competência da Justiça Eleitoral para conduzir inquéritos, privatização de estatais, fim da prisão após condenação em segunda instância e compartilhamento de dados financeiros sem prévia autorização judicial.
A reforma da Previdência foi aprovada, e suas determinações, agora, mudarão o futuro dos trabalhadores. A polarização tomou conta do ambiente, e a população se dividiu entre “nós e eles”, num clima de que “ou está comigo, ou contra mim”.
Que o amanhecer deste dia 1º, o da Paz Universal, traga o que seu nome propõe. Um 2020 menos polêmico e de mais união, em que opiniões particulares importem menos que o bem comum.
É hora de a sociedade entender que não adianta ser do contra. Sabedoria é cozinhar com os ingredientes que se tem, em vez de ficar com fome porque não deu para fazer o prato com que se sonhava. Este é o país que temos. O emprego começa a voltar, 80% das empresas têm expectativas melhores para 2020, segundo pesquisa recente da consultoria Falconi, o Banco Central prevê que a economia vai crescer o dobro do desempenho deste ano, a corrupção está mais exposta. Dá para tentar fazer, no dia a dia, um feliz ano novo.