A chegada do período das chuvas aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypt – transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya –, um inimigo conhecido pela população e pelas autoridades brasileiras e que já causou surtos responsáveis por diversas mortes ao longo da história.
Em 2020, morreram 12 pessoas por dengue em Minas Gerais, um número significativamente menor que em 2019, quando houve o último surto no Estado, que matou 173 indivíduos. Apesar dessa redução no índice de óbitos, a sociedade deve eliminar os focos de reprodução do inseto, e aos órgãos públicos cabe atuar em campanhas de fiscalização.
Assim como no caso do coronavírus, não há vacina licenciada que combata o vírus portado pelo Aedes aegypt, então é fundamental que haja um esforço coletivo para impedir que o mosquito continue a procriar e fazer vítimas. Cuidar do próprio quintal é um ato de empatia e responsabilidade não só dos moradores de um único lote mas de toda a vizinhança, já que mosquito pode picar até 300 pessoas durante seu tempo de vida, que varia de 30 a 45 dias, e colocar até 500 ovos. Além disso, ele pode voar até três quilômetros.
Já faz parte do imaginário coletivo do brasileiro grandes batalhas contra a dengue, em que até recursos pessoais e materiais do Exército foram usados para atuar na prevenção. Não se pode subestimar a gravidade do mosquito vetor desta e de outras doenças. Atitudes como manter caixas-d’água e outros reservatórios fechados, vasos de plantas secos e manejar corretamente o lixo devem ser mantidas. São ações simples que podem salvar vidas. Todos precisam contribuir para evitar que o sistema de saúde fique ainda mais sobrecarregado principalmente em tempos de pandemia.