A reabertura de bares e restaurantes todos os dias – bem como das academias de ginástica – é um sinal positivo de recuperação econômica em Belo Horizonte. Mas o sucesso da retomada dependerá de muito esforço de comerciantes, poder público e população.
Os cerca de cinco meses de rígido isolamento social deixaram marcas. O sindicato dos bares e restaurantes estima que a crise deixará um saldo de mais de 70 mil empregos perdidos até o fim deste ano e que sete em cada dez estabelecimentos do setor estejam quebrados. Quem conseguiu aderir à primeira fase da reabertura, funcionando apenas no horário do almoço e sem servir bebidas alcoólicas, faturou o equivalente a um décimo do que costumava receber antes da pandemia do coronavírus.
Com as novas regras e a possibilidade de que, em breve, sejam regulamentados o uso de calçadas e o fechamento de ruas para aumentar o distanciamento social dos clientes, há uma expectativa de que tenha início um alívio aos prejuízos.
Para isso, contudo, deve-se preservar a todo custo a aliança de dois fatores: monitoramento e responsabilidade. Provocam um misto de apreensão e revolta as imagens de verdadeiras multidões em bares do Leblon, no Rio, da Vila Madalena, em São Paulo, da Grande Vitória, no Espírito Santo, e em tantas outras cidades que flexibilizaram o serviço de alimentação e entretenimento antes de BH. Em algumas dessas cidades, os índices de contágio voltaram a subir.
Por isso, será preciso que proprietários e agentes municipais fiscalizem e façam cumprir rigidamente as medidas de prevenção. E que os frequentadores façam a sua parte, evitando aglomerações, usando máscaras quando não estiverem comendo e preservando o distanciamento para preservar a economia e a saúde em BH.