Editorial

Risco da dengue

Impactos da doença na saúde e na economia


Publicado em 07 de outubro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Em nove meses, Minas Gerais já registrou mais de 470 mil casos de dengue, cerca de 37 mil a menos que em 2016, ano da última grande epidemia. Pelo menos 137 pessoas morreram neste ano. Em agosto, a Organização Pan-Americana de Saúde havia alertado sobre o risco da reemergência da doença em toda a América Latina devido ao clima, à questão ambiental e à capacidade de adaptação do mosquito.

Em setembro, quando as mudanças climáticas mostraram sua força com recordes de altas temperaturas e de baixa umidade, o número de infectados mais que dobrou em relação ao do mesmo mês de 2018.

Há três anos, a epidemia de dengue trouxe R$ 2,3 bilhões em prejuízos para o país, somando-se os gastos do combate ao vetor, as despesas médicas diretas e custos indiretos, segundo o instituto Sense Company.

Na ocasião, Minas Gerais foi o Estado com as maiores perdas: R$ 323,9 milhões, sendo que faltas ao trabalho representaram em torno de um quinto desse valor.

Neste ano, o grupo etário mais afetado, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, é o das pessoas entre 20 e 34 anos – no auge de sua capacidade produtiva. E o absenteísmo forçado pela virose traz um complicador adicional ao momento de retração econômica em Minas.

Por motivos como esses é essencial não se descuidar do combate ao mosquito Aedes, vetor da doença, mantendo caixas-d’água, tonéis e reservatórios fechados, lixo acondicionado de forma correta e vasos de plantas secos. São ações corriqueiras que todo cidadão deve praticar antes que a temporada de chuvas venha e os custos sejam cobrados não em termos financeiros, mas em vidas humanas.

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