Resultado histórico

Sada Cruzeiro e Praia Clube vão manter parceria que teve sucesso na Superliga B

Time e clube montaram elenco com 100% de jovens celestes,que confirmaram presença na elite do vôlei brasileiro

Por Daniel Ottoni
Publicado em 11 de abril de 2022 | 11:59
 
 
 
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Seria uma pena que a parceria entre Sada Cruzeiro, Praia Clube e prefeitura de Araguari não seguisse ativa na próxima temporada. O trio, que se uniu para a criação do Café Vasconcelos / Araguari / Ubevôlei, seguirá firme e forte em 2022/2023, agora na elite do vôlei brasileiro.

Apurei com representantes do time e do clube que a parceria seguirá ativa, restando saber detalhes de como a estrutura será montada. Até aqui, o Cruzeiro cedia jogadores, o Praia Clube a estrutura de treinos e a cidade do Triângulo Mineiro o ginásio para os jogos oficiais, que movimentaram o município, que viu sua torcida dar importante apoio para um histórico resultado. 

A equipe foi formada há pouco tempo e, sob o comando de Luis Carlos Rodrigues, o Kadylac, chegou à final da Superliga B de vôlei masculino para cravar o acesso. Iniciativas parecidas aconteceram na competição, mas sem o mesmo resultado, a exemplo do Minas Náutico. Com jovens do clube de BH, a experiência foi válida mas, dentro de quadra, as equipes masculina e feminina foram rebaixadas para a Superliga C. 

O elenco do Ubevôlei contou com 100% de atletas cedidos pela base cruzeirense, com muitos jogadores ainda não tendo idade adulta e, alguns deles, não fazendo parte da categoria juvenil. Isso mostra o tamanho do feito dos meninos, que ratificam a qualidade do trabalho de formação do Sada Cruzeiro. 

Na decisão, diante do Suzano, no último domingo, derrota por 3 a 1, de virada, o que não diminui em nada o tamanho da conquista.

Case de sucesso

Esta não foi a primeira vez que o Sada Cruzeiro se uniu a outras forças de dentro e fora do Estado para dar experiência para seus jovens, que corresponderam bem diante de times adultos. Em temporadas anteriores, parcerias foram feitas com Lavras, Ribeirão Preto, Juiz de Fora e Montes Claros, que serviram para dar rodagem aos jovens, que voltaram para o Barro Preto mais amadurecidos e bem preparados.

Em alguns casos, o destino foi outros clubes, que agradeceram pela evolução dos atletas, graças à 'sacada' do time de BH, certo de que deixá-los atuando em torneios de base seria limitar demais seu potencial.

Assim como nomes do ponta Kadu, dos centrais Éder Levi e Pedrão, do oposto Alan, do levantador Cachopa, agora chega a vez de novos atletas mostrarem seu valor, caso do levantador Pedrinho, do central Pietro e do 'monstro' Maicon, de apenas 17 anos e 2,16m, com um potencial absurdo de crescimento a curto e médio prazo. 

Sem jogar na fogueira

Na minha visão, a chegada de atletas mais experientes é fundamental para o time, no mínimo, se manter na elite. Esperar que eles tenham um novo resultado surpreendente, atuando somente com a juventude, pode ser um tiro no pé e um decisão ousada demais.

O talento e qualidade dos meninos pode não ser suficiente dentro do maior torneio do país, que exige algo além disso para um bom resultado. O nível da elite é outro e tenho certeza que os responsáveis pelo projeto sabem bem disso.

Novo olhar

Depois de, gradativamente, montar um dos times mais fortes do planeta, vendo o investimento aumentar ano a ano dentro do vôlei feminino, o Praia Clube agora abre os olhos para o masculino, contando com ajuda de um parceiro cheio de 'know how', que forneceu alguns atalhos para um retorno em tempo rápido. 

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