O século XIX se destacou por grandes descobertas científicas. Eis algumas: a teoria de que o ambiente não interfere na velocidade da luz; a descoberta do magnetismo animal ou mesmerismo, do médico cientista alemão Franz Mesmer; a medicina homeopática, com o médico Samuel Hanhemann; o calor da matéria e outras. Alguns cientistas eram contrários ao espiritualismo, principalmente o espiritismo. Mas havia também importantes espiritualistas. E até hoje existem essas duas correntes antagônicas. Mas sempre com vantagens para a espiritualista, que é mais racional e, pois, mais convincente e que, por isso, sempre foi de uma maioria acachapante da população mundial.
E como o espiritismo é também uma ciência experimental – para uma pessoa entender bem de mediunidade, ela tem que fazer um longo estudo do assunto, durante uns cinco anos – estudo equivalente, portanto, a um curso de faculdade. Disso deu exemplo o próprio Kardec, pois ele se envolvia intensamente com aquelas novas descobertas científicas da sua época, num paralelo com os fatos relacionados à existência dos espíritos e da fenomenologia mediúnica. E a corrente espiritualista espírita era, pois, a que com mais eficiência desestabilizava as ideias materialistas. A prestigiada e poderosa Igreja Católica estava, na época, com o seu poder bastante abalado, em consequência da Revolução Francesa e da Inquisição, as quais haviam chegado recentemente ao seu fim. Então, a Igreja, desacreditada, realmente, pouco podia fazer contra o materialismo efervescente. E, assim, foi o espiritismo a corrente espiritualista que mais combateu as ideias materialistas. Mesmer e Hanhemann foram dois grandes aliados de Kardec nessa luta contra o materialismo daquele tempo. Mas também daquela época devem ser lembrados, entre outros, os movimentos espiritualistas da teosofia, dos Templários, da Rosa Cruz e da Maçonaria, que colaboraram muito para conter o materialismo.
No meio daqueles avanços científicos, começaram a surgir a psicologia espiritualista e a materialista e, como sempre, com menos credibilidade para a materialista. E as duas acabaram desembarcando na parapsicologia e, posteriormente, na psicotrônica e na radiônica. Para saber mais sobre essa questão, naquele século e na atualidade, recomendamos a monumental obra histórica de 652 páginas: “Autonomia, a História Jamais Contada do Espiritismo”, de Paulo Henrique de Figueiredo, Ed. Mundo Maior, da Fundação Espírita André Luiz (Feal), de Guarulhos, na Grande São Paulo.
E ainda hoje, com mais ênfase do que outrora, é a doutrina dos espíritos que continua sendo um dos movimentos mais destacados e prestigiados contra o materialismo. E é Ele, pois, que mais incomoda os materialistas.
** “A Bíblia – Novo Testamento Completo” – tradução deste colunista e com comentários inéditos. Informações: (31) 3637-1048 e (31) 9 9987-0608 ou contato@editorachicoxavier.com.br