Era feriado quando viajamos para uma praia tranquila no litoral do Rio de Janeiro. Aproveitei o sossego do local debruçando-me sobre livros, enquanto meu marido, sentado à mesa da varanda, fazia planos. Rabiscava de um canto, anotava de outro, fazia contas. Naquela mesa, estudava a viabilidade do projeto, seus riscos, desafios e propostas. De volta para casa, a decisão já estava tomada. Foi dado, assim, o primeiro passo em direção ao surgimento do “pequeno grande” jornal Super Notícia.
Quis saber minha opinião. Como sempre, acreditei e entrei de cabeça nas suas ideias. Sabia da importância de se criar um jornal em nosso Estado que desbravasse o mundo da leitura “popular”. Um segmento em que os leitores das camadas mais humildes encontrassem voz e espaço. Uma leitura simples, facilitada pelo adensamento do noticiário, selecionado de maneira a fornecer um conteúdo não apenas agradável, mas, principalmente, útil.
E foi no Dia do Trabalhador, 1º de maio, em 2002, que ele nasceu. Chegou sem festas nem alardes. Discreto e humilde, como a maioria dos seus leitores. De formato tabloide, adotado pelos maiores diários do mundo, foi colocado nas bancas, sem nem sequer uma propaganda ou investimento em marketing. Cresceria por si só.
Depois, medidas como uma maior exposição do produto, mais seções, aumento da circulação, melhorias editoriais e diversas promoções fizeram com que o Super disparasse de forma crescente, ganhando a simpatia e a fidelidade de gente que nunca teve a possibilidade de ler um jornal.
No decorrer de seus 18 anos, debaixo do braço ou estendido entre mãos calejadas, passou a preencher o panorama de Belo Horizonte e de mais de 300 municípios. Quebrou todas as barreiras e recordes, impondo-se como o jornal impresso mais lido no país, desbancando até mesmo tradicionais veículos da imprensa do Rio e de São Paulo.
Como disse o seu fundador: “Certamente não é o mais completo, não satisfaz os intelectuais – nem é para eles –, mas representa uma janela para o mundo para quem sempre as encontrou fechadas.” Um jornal que deu oportunidade ao leitor de se informar sobre sua cidade, o mundo, os esportes, a prestação de serviços, a programação cultural ao alcance de todos os bolsos, a utilidades, a saúde e tantas coisas mais.
Parabéns à família Super, pelos 18 anos de sucesso e responsabilidade. Parabéns aos profissionais, que produzem com muita competência este fenômeno de imprensa popular. E, aos queridos leitores, o nos