LEANDRO CABIDO

Em Assunção, o que resta é a vitória

Na Libertadores, o Atlético mostrou um futebol pobre. Nem mesmo a virada no segundo tempo diante do Zamora me animou


Publicado em 09 de abril de 2019 | 03:00
 
 
 
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A semana decisiva para o Atlético começa já com um desafio complicado em Assunção, no Paraguai: ir ao estádio General Pablo Rojas, o Nueva Olla, e vencer o Cerro Porteño para ampliar suas possibilidades de classificação para a próxima fase na Copa Libertadores. Após a goleada sobre o Boa, na semifinal do Mineiro, há uma esperança de o clube concretizar o feito.

O Cerro é tradicional, venceu todas as partidas na competição e faz um bom Campeonato Paraguaio – vice-líder, com nove vitórias em 14 jogos. É um time com boas alternativas e já mostrou suas garras na estreia da Libertadores, quando venceu o Galo no Mineirão.

As dificuldades serão enormes. Desde a oscilação da equipe de Levir Culpi até a pressão para conseguir um bom resultado. Mesmo vindo das fases preliminares, os alvinegros precisam provar seu valor e investimento, muito maior do que os rivais mais tradicionais, como Nacional e o próprio Cerro.

Para avançar, o Atlético precisa entender o seu esquema de jogo. Na Libertadores, até aqui, mostrou um futebol pobre e preocupante. Nem mesmo a virada no segundo tempo diante do Zamora me animou. O primeiro tempo foi caótico, e muito se deve à ausência de força mental do grupo. É qualificado, e existem peças que podem aumentar o nível, mas é preciso deixar claro qual é a cara do time.

Levir sofre para dar sustentação para a defesa. Apesar de tentar proteger o setor com dois volantes de pegada, os resultados não foram os melhores, e a presença de Elias se fez necessária, mesmo ele não se condicionando como um voraz marcador. Aliás, a presença do jogador em campo é bem discutível, uma vez que ele deixa sempre seu companheiro de meio-campo sufocado. Seria o 4-2-3-1 a melhor formação?

Contra o Azul grená, atacar é a única opção. Sendo assim, não há como não se expor. Que o sistema defensivo apareça com qualidade neste compromisso de amanhã.

Cruzeiro

Diferentemente do maior rival, a Raposa vive um momento em que pode se dar ao luxo de sonhar com objetivos maiores do que simplesmente a classificação. Vencendo o Huracán, também amanhã, no Mineirão, alcança 12 pontos e a certeza que a melhor campanha desta fase está muito bem encaminhada.

Os argentinos venceram após 11 compromissos e vão arriscar tudo para se manterem vivos no torneio continental. Por isso, Mano pode armar seus pupilos buscando o estilo de jogo que mais lhe agrada: defesa forte e velocidade na saída de bola.

Os celestes são superiores, conseguem implementar um ritmo muito forte quando estão concentrados e, certamente, com seu grupo qualificado, podem, sim, alcançar a marca de 100% nesta fase. Resta saber se o técnico azul também pensará na decisão do Estadual em detrimento da Libertadores. Luxo a que poucos podem se submeter.

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