Essa é a questão: os comerciantes condôminos da Ceasa não defendem publicamente a sua privatização por temerem represálias e perseguições. Mas todos querem que a avaliação ande, e o leilão ocorra. Somente uma empresa pública, na qual ninguém é dono do dinheiro e do patrimônio que elas têm suporta pagar salários de técnicos do departamento de orçamento (orçar o quê?) a R$ 16.043,92; do departamento de arquivo, R$ 15.354,59; na diretoria, os vencimentos vão de R$ 18.939,08 a R$ 21.043,42 mais um Honda preto, zero km. para cada um, combustível sem limite, telefone corporativo ilimitado, diárias de viagem em torno de R$ 600 cada, cartão de alimentação e outros auxílios. Até o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que nem deve saber onde fica Minas Gerais, tem gente sua indicada na folha da Ceasaminas. Não poderíamos deixar de dizer que a presidência da empresa conta com a exaustiva colaboração de 12 assessores, remunerados a R$ 10.566,39 cada um.