Na hora de escolher como e onde investir, o tradicional gerente de banco e a internet figuram como as fontes de informação mais confiáveis para a maioria dos investidores brasileiros. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizada em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no ano de 2018 mostra que 53% dos brasileiros que procuram informações para investir têm o hábito de buscar orientações com o gerente do banco em que são correntistas e 47% consultam a internet.
O aconselhamento com o gerente é mais comum para as pessoas acima de 55 anos (74%), enquanto a internet ganha força entre os investidores mais jovens (63%). As demais fontes de informação são amigos e parentes (38%), consultores especializados (28%), departamento de orientação dos bancos (27%) e programas de TV (13%).
A pesquisa aponta que não são todos os investidores que tomam decisões com base em pesquisa ou orientações. Apenas 30% sempre buscam informações sobre investimentos, enquanto 44% só o fazem ocasionalmente e 26% dispensam a orientação. Considerando os que não buscam orientação, 70% acabam escolhendo as modalidades de investimento mais conhecidas, 19% tomam decisões sozinhos e 10% delegam a função para terceiros.
Além disso, alguns cuidados passam despercebidos: 11% dos entrevistados não procuram manter-se informados sobre os rendimentos do dinheiro que têm investido, e 16% não dão atenção aos custos de transação dos investimentos, calculando seu impacto na rentabilidade.
Com grande capacidade de ditar tendências, gerar comentários e engajar internautas, os influenciadores digitais e youtubers também estão presentes no mundo dos investimentos. De acordo com a pesquisa, entre os investidores que consultam a internet, 44% usam os influenciadores como fonte de informações para decisões de como e onde investir.
Outras referências comuns na internet são sites especializados em educação financeira (51%), sites de bancos (50%) e sites de consultorias de investimentos (30%) ou de corretoras (29%). As newsletters digitais de corretoras (18%) ou de consultorias (17%) completam o ranking.
Mas é preciso manter o senso crítico. Muitas vezes, a indicação feita não é a mais adequada para você, para o seu objetivo ou até mesmo para suas características como investidor. A indicação pode fazer parte de alguma campanha de venda ou até mesmo refletir algum interesse pessoal de quem está indicando.
Costumo dizer que um investimento é uma ponte que pode unir o nosso presente ao futuro que desejamos. É preciso muito cuidado para escolher a ponte certa. Caso contrário, ela poderá não lhe conduzir para onde você gostaria.