Paulo Bressane

Eu e os bois 

Redação O Tempo

Por Paulo Bressane
Publicado em 25 de março de 2017 | 03:00
 
 
 
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A coluna da semana passada, “O palco Brasil” – confiram no site do – me rendeu um comentário infundado: “O senhor sim é um boi de presépio da direita que vive da exploração dos menos favorecidos”. A afirmação do leitor é bem típica dos esquerdistas, bois de presépio, que acreditam que ser de direita (e aqui não estou falando de extrema direita) significa ser um explorador dos pobres e oprimidos, e que os esquerdistas como ele são os donos da virtudes e os verdadeiros defensores do bem-estar social. Sabe-se que todos os esquerdopatas não aceitam o contraditório e, portanto, não têm o saudável hábito de ler qualquer coisa que contradiz seus limites ideológicos, ou seja, como eu disse na citada coluna, são vítimas do marxismo gramsciano, cujas premissas almejam a conquista do poder de forma lenta e imperceptível.Pampulha

Estes mesozoicos mentais, acreditam que se chegarem ao poder conseguirão implantar um Estado forte, que conquistará a igualdade social se intrometendo na vida de todos. Para eles, a distribuição de riquezas é a melhor solução, seja pela espoliação dos ricos, ou pelo aumento da carga tributária dos que produzem e geram a riqueza sustentável. Resumindo, não entendem, devido, talvez, à sua engessada preguiça intelectual, o valor da liberdade, a beleza da diversidade ou a pujança da meritocracia na distribuição de renda. Sei que vai ser muito difícil, mas aconselho aos que pensam como o leitor a tentarem expandir seus horizontes para além dos sites e publicações de esquerda, e fazer um esforço mental elucidativo lendo, por exemplo, alguns textos publicados no site do Instituto Mises Brasil. Aqui vai uma sugestão: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2532

Certa vez, li em uma coluna de Leonardo Boff, para o aplauso da esquerda cavernosa, que “a privatização significa sempre a diminuição dos bens de interesse geral, que passa às mãos do interesse particular”. Com absoluta certeza, eu, o boi de presépio, digo que a estatização significa sempre a diminuição dos bens privados, que são de interesse geral, para as mãos dos interesses públicos, que atendem apenas os privilégios particulares deles. Será possível que não enxergam a obviedade da pujança privada? Que não enxergam o atraso econômico social ditado pelo estatismo perdulário? Só sairemos do atoleiro mediante um profundo corte dos gastos públicos e a conscientização de todos sobre a realidade estatal. Milton Friedman, um dos mais influentes economistas do século XX, disse: “Se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia”.

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