Banho e ser
E aí? E o Carnaval? Com sol, sob chuva, nos insanos blocos de rua, no sítio, no mar, na montanha, na cachoeira, na rede, com livros, ou no sofá com a Netflix? Se você não está fazendo nada disso, vá tomar banho! Calma! Não é um insulto, apenas a introdução do assunto de hoje, a partir de uma matéria da BBC News Brasil: “Por que temos ideias geniais quando estamos no chuveiro?”.
Banho e existir
Sim, nem todo mundo canta ou tem ideias maravilhosas sob o chuveiro. Mas, vá saber! A água caindo e você “viajando”. De repente, uma ideia brilhante. Parece piada, mas há estudos que apontam que o chuveiro é uma espécie de incubadora de ideias geniais. E tem gente que explica o fenômeno, como o psicólogo John Kounios, diretor do programa de Ciências Cognitivas e do Cérebro da Universidade Drexel, nos Estados Unidos.
Banho e refletir
Banho e pensar
Pouco antes de termos uma ideia, o córtex visual, área responsável por processar os estímulos que entram pelos olhos, desliga-se ligeiramente. A atenção, então, se foca em nosso interior. O chuveiro se torna um espaço de isolamento, o que torna mais fácil a concentração nos pensamentos. “Se você está atento a seu redor, não consegue se concentrar em seus próprios pensamentos”, diz o psicólogo. “Você não pode ver as estrelas quando o sol está brilhando”.
Banho e viver
O chuveiro é um local relaxante, e estar de bom humor estimula a criatividade. “Quando está relaxando e de bom humor, você se permite pensar ambiciosamente ou até ter ideias um pouco malucas”, diz ele. O contrário também é verdadeiro. Se você estiver ansioso, o seu pensamento pode se tornar mais limitado. “Isso faz você pensar deliberadamente de forma metodológica e mais conservadora”. Pronto. Bom banho – e grandes ideias.
Bebida divina
A ligação do francês Rodolphe Frerejean Taittinger com o champanhe vai muito além de seu sobrenome, nome de um borbulhante ainda mais famoso. Rodolphe foi batizado com a bebida e provou sua primeira colher aos 8 anos. Quando criança, ele e irmãos andavam de bicicleta pelas vinhas da região francesa de Champagne. A família Taittinger tem uma tradição de fazer a bebida dos deuses que remonta a 1932, quando adquiriu vinhedos de 1734.
Bebida maravilhosa
Hoje, a vinícola está entre as dez maiores produtoras de champanhe em volume do mundo. Rodolphe, 33, e seus dois irmãos, Richard, 39, e Guillaume, 41, seguiram um caminho diferente do dos primos, lançando sua própria casa de champanhe, ou maison. Em 2005, surgiu o champanhe Frerejean Frères (“frères” significa “irmãos” em francês).
Lança perfume
* Ainda sobre o champanhe. A empresa produz 100 mil garrafas por ano.
* “Rodolphe é muito humilde, mas ambicioso”, diz Marianna Fossick, fundadora da Gain Brands International, de Singapura, distribuidora de bebidas que trabalhou com a Frerejean Frères.
* A Frerejean Frères é um exemplo da revolução silenciosa em andamentona indústria do champanhe.
* O setor é dominado pela gigante francesa de luxo LVMH, proprietária de três dos dez maiores produtores: Dom Pérignon, Möet & Chandon e Veuve Clicquot, com mais de 60 milhões de garrafas por ano.
* Outros grandes produtores também contam suas produções em milhões de garrafas.
* Frerejean Taittinger aspira a produzir não menos de 300 mil garrafas até antes de 2025.
* “Somos fabricantes de champanhe artesanais”, declarou Rodolphe. “Estamos em busca de qualidade e personalidade”.
* Assim como as grandes cervejarias viram as artesanais sacudirem sua indústria – aqui mesmo, em BH –, os novos produtores artesanais desafiam o mundo raro dos grandes fabricantes de champanhe.
* Há 20 anos se concentraram na produção limitada e na qualidade superior à produção no mercado de massa.
* Na página inicial do site da Frerejean Frères, as palavras “champanhe artesanal” são as primeiras a aparecer.
* E os produtores artesanais recebem elogios por seus espumantes únicos.
* “Esses campeões artesanais estão começando a ganhar muito mercado”, diz Frerejean Taittinger. “Ninguém havia se concentrado nas pequenas produtoras, mas agora vejo mais delas nas listas de melhores bebidas”.
* O champanhe Frerejean Frères está disponível nos restaurantes Le Bernardin, em Nova York; no Guy Savoy, em Paris, e no Odette, em Singapura, todos com estrelas Michelin.
* A Frerejean Frères agora também é vendida em Austrália, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Tailândia e Vietnã – e começou recentemente a vender na China continental.
* Agora, com ou sem coronavírus, imaginem se os bilhões de chineses comunistas apreciarem a bebida real...
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