Caminhando e cantando
Quando Chico Buarque era interessante e falava coisas inteligentes, confessou que “andava a trabalho”. Ou seja, ele tinha ideias, compunha suas músicas, enquanto fazia longas caminhadas pelas praias e ruas do Rio de Janeiro. Guardadas as proporções, nós também. Caminhando por esta Belo Horizonte quase deserta e triste, inevitavelmente começamos a pensar “na morte do bezerro ou da bezerra”. Simplesmente a pensar e descobrir evidências.
Caminhando e pensando
Sem citar nomes, passamos em frente às casas de conhecidos queridos. E sabemos que estão vazias. Porque, no Brasil como na Europa ou Estados Unidos, ricos são ricos. Continuam ricos e sempre têm um segundo ou terceiro lar. Em Belo Horizonte, estas opções ficam nas cercanias da cidade ou mesmo no interior, de onde muitos habitantes da capital são oriundos. É um raro prazer, um luxo, um privilégio e sorte.
Caminhando e vivendo
Sair de uma grande cidade, continuar trabalhando com tudo que a tecnologia nos oferece; num lugar muito mais tranquilo e seguro. São casas em condomínios, sítios, fazendas, refúgios emocionais nos aconchegantes confins de Minas que pariu a maioria dos habitantes de Belo Horizonte. Pelo menos os mais velhos. Ir para o interior não deixa de ser uma volta às origens e raízes, uma volta ao velho, bom e novo Normal.
Espelho meu
Nestes tempos feios, clínicas de dermatologia estética, como a incontornável “Eveline Bartels”, registram uma nova e curiosa demanda de atendimento. Grande número de pacientes incomodados com suas aparências em videoconferências, “lives” e demais reuniões digitais. Explica a irmã e sócia de Eveline, a também doutora na clínica, Fernanda Bartels. “Não é à toa o argumento: o que se vê no espelho não é o mesmo na tela, dado a intensidade da luz digital”
Espelho nosso
“A percepção maior das pacientes, durante esta pandemia e este isolamento social, deve-se principalmente ao fato que normalmente não nos vemos no dia a dia (às vezes que olhamo-nos no espelho são poucas e por pouco tempo, rápidas, furtivas). E com as videoconferências as pacientes têm se visto com muita frequência e intensidade, vindo daí a percepção de que algo não as está agradando!”.
Curtas & Finas
*A campanha McObrigado alcançou a meta de 100 mil refeições doadas em todo o Brasil aos trabalhadores na linha de frente no combate ao novo coronavírus.
* São profissionais da saúde, caminhoneiros, catadores de materiais recicláveis e entidades que prestam assistência à população mais vulnerável.
* Ao longo dos últimos quatro meses, as doações brindaram 104 cidades. 310 instituições foram contempladas.
* Em Minas, quatro mil refeições foram doadas para quatro instituições, moradores de rua e refugiados venezuelanos, em Belo Horizonte e Contagem.
* São elas: Santa Casa de Misericórdia, Hospital São Francisco, Hospital Municipal de Contagem e Hospital Metropolitano Odilon Behrens.
* De um lado, a dor, a tristeza e a saudade; de outro, a exuberância do ciclo da vida que se renova.
* Foi pensando em unir esses dois polos que as empresas Primaveras, de São Paulo; Grupo Parque, de Alagoas e a Prevenir, de Minas Gerais, se uniram à Seven Capital para criar o “BioParque”.
* O “Bioparque” transforma cemitérios em bosques, onde as lembranças são cultivadas em sintonia com a preservação do meio ambiente.
* O lançamento do BioParque aconteceu em 2019, com a inauguração de um showroom e de um IncubCenter, no Sion, onde ocorre o desenvolvimento inicial das plantas.
* A primeira unidade do BioParque está localizada em Nova Lima e a expectativa é que ainda neste ano seja inaugurada a unidade de São Paulo.
* O hotel Vivenzo, na Savassi, inaugurou o delivery do Restaurante Vivenzo, em parceria com o Rappi.
* Os pratos foram criados pelo chef e sushiman Eduardo Campos e são preparados com insumos frescos, fornecidos por produtores locais.
* Outra novidade são as embalagens exclusivas, para não colocar em risco a saúde dos consumidores, aprovadas pela agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA)