Itália viva
A mineira Isabel Tomasi de Freitas Paiva trabalha na Versace, mora em Milão, Itália, e manda notícias até do fuso horário: cinco horas à frente do Brasil. “A situação está lentamente voltando à normalidade, depois de quase dois meses de total ‘lockdown’. As mortes e contágios estão diminuindo, mas as autoridades esperam um leve aumento pela abertura, iniciada dia 18. É interessante analisar a geografia afetada”.
Itália única
“A única região muito afetada foi a Lombardia, pelo seguinte motivo: foi a primeira região na Europa e no Ocidente com uma difusão muito alta do vírus, foi como uma ‘cobaia’ para outras regiões na Itália e países no mundo, ensinando o que não fazer para a disseminação do vírus”.
Itália nova
"Era uma situação nova, pois a China não era confiável na divulgação do que ocorreu com ela, então, aqui foi vivida a experiência da ‘tentativa e erro’. Até acertar, isso custou muitas vidas. Como exemplo, comento o assunto do isolamento total, o mais equivocado de todos”.
Itália eterna
"Isolaram pessoas contaminadas e assintomáticas com pessoas sās, isso aumentou o número de contaminação, mesmo estando em ‘lockdown’. Outra situação, outra conclusão foi que não deveriam proceder com o entubamento no primeiro momento da internação. Hoje a maioria dos doentes da Covid-19 é tratada em casa e não hospitalizada. Do ponto de vista econômico, as empresas estão sofrendo muito, as ajudas do governo estão chegando, mas bem lentamente. O governo então criou um plano de recuperação”
Curtas & Finas
*Continua Isabel Tomasi de Freitas Paiva: "O plano do governo inclui muitos incentivos de empréstimos não reembolsáveis".
*"Mas como é um país rico, com um número muito pequeno de trabalhadores informais, a economia está afetada, mas, com certeza, muito menos que no Brasil".
* "Os bares e restaurantes são os que mais sofreram por causa do distanciamento social, ainda obrigatório na abertura".
*"Eu, por exemplo, trabalho no mundo da moda, estou trabalhando em ‘smart working’ desde março, com uma redução horária onde meu salário é pago em parte pelo governo e outra pela empresa".
*Desde abril, a campanha "Comunidade Viva Sem Fome" dá suporte à famílias em situação de extrema vulnerabilidade em comunidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
*A AIC – Associação Imagem Comunitária, em parceria com a AMIS – Associação Mineira de Supermercados e a Cáritas Brasileira/Regional MG se uniram nesta ação de solidariedade, além de diversas outras instituições.
*Entre elas, a MRV, por meio do seu Instituto, que está doando R$ 40 mil para a aquisição de mais de 600 cestas básicas.
*"A 'Comunidade Viva Sem Fome' surge como resposta a esse cenário, a MRV acredita e apoia essa iniciativa", declarou Raphael Lafeta, diretor Executivo de Relações Institucionais e Sustentabilidade da MRV.