A chave do êxito do dentista Ronaldo Magalhães é encarar as pessoas como seres complexos e extraordinários, que devem ser tratados como seres integrais e sistêmicos. “Todos os seus problemas estão relacionados, saiba ele ou não. Tento esclarecer os detalhes, fazer com que a pessoa faça uma viagem para dentro de si mesma e encontre, ela própria, as respostas. Sou apenas um instrumento”, afirma ele.
Ronaldo, fale-nos sobre a dinâmica talento e estudos.
Talento não é um mérito. É um dom. E talento apenas não determina o sucesso. Estudo, sim. Sou uma pessoa ávida por conhecer mais e mais, sobretudo quando se trata da pessoa humana.
O objetivo final é a qualidade de vida?
Sem dúvida. Quando alguém entra na minha clínica é sempre especial e às vezes nem se dá conta. A qualidade de vida de uma pessoa está ligada a pequenos e importantes detalhes.
Boca e dentes vão muito além de um cartão de visitas, concorda?
Plenamente. Um sorriso bonito não é um sorriso perfeito. Depende muito de quem observa. Mas, sem dúvida, a boca é a porta do universo humano. Na boca pode-se avaliar toda uma história de vida, seus medos, frustrações, anseios. A leitura corporal na odontologia ajuda e muito a conhecer os verdadeiros problemas de uma pessoa, não só físicos. E aí começa o caminho para uma vida digna e de qualidade.
Em geral, como você vê a saúde e a dentição dos brasileiros?
Não somos uma nação preocupada com a saúde, muito menos com a dentição. Culturalmente, a preocupação com a boca e os dentes nunca está em primeiro plano. Sei que muita coisa mudou para melhor, o brasileiro já tem menos doenças orais, sobretudo a cárie, mas estamos longe do desejado.
Uma boca bonita e saudável tem preço?
Tem. Cuidados bem orientados, visitas constantes ao dentista, uma alimentação saudável, uma vida de equilíbrio e a certeza de que, cuidando da sua boca e dentes, está cuidando da sua saúde geral. É este o preço. Não é caro.
O que significa “gente que tem dentes”?
A reafirmação de minha postura profissional, minha filosofia de vida. Se alguém chega a meu consultório com evidentes problemas dentários, não vejo apenas os dentes. Vejo um ser humano com problemas que apenas começam na boca.
Como foi ser o primeiro cirurgião dentista a conseguir o Iso 9002 e o selo do Inmetro?
O resultado de esforços intensos de fazer o melhor na minha área.
Qual a maior lição nesses 33 anos de profissão?
Quando você escolhe um caminho, uma profissão, um jeito de viver e tem consciência de que não há outro meio de fazê-lo a não ser com amor, você aprende também que viver é um ato de amor.
Para terminar, o que te faz sorrir com todos os dentes?
A certeza de que tenho feito o melhor que sei na minha profissão e na minha vida. E que não me satisfaço plenamente se não aprender mais e mais. A satisfação de saber que, com meu trabalho, posso fazer mais pessoas sorrirem com todos os dentes.