País partido
O Brasil não acabou, mas rachou definitivamente, no dia em que deveria se unir em torno de uma causa comum que dá até bandeira: ordem e progresso. Nunca se viu um sete de setembro tão quente e agitado. Milhões de pessoas nas ruas de todo o Brasil, principalmente em Brasília, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, e na avenida Paulista, São Paulo. A comemoração, tradicionalmente festiva, mas morna, virou enorme reivindicação em verde e amarelo.
País em transe
E não foi apenas o Brasil que se dividiu a favor ou contra o Executivo e o presidente Bolsonaro, esse ainda mais contundente e revoltado com os outros dois poderes. Amigos e familiares, nas ruas, em casa, no churrasco ou à distância, com celulares ligados e agitados, também radicalizaram discurso e posições. O resultado, como esperado, foram as últimas mascaras caindo, entre “tapas e beijos”. Por enquanto, novela sem final feliz.
País em samba
Enquanto muitos brasileiros querem o impeachment dos ministros do STF, outros o do presidente. O voto, auditado ou não, parece o “dinheiro” do clássico samba de Paulinho da Viola, “Pecado Capital”, tema de uma novela de 1975: “Mas é preciso viver e viver não é brincadeira não, quando o jeito é se virar, cada um trata de si, irmão desconhece irmão e aí dinheiro na mão é vendaval, é solução e solidão”.
Aniversário do terror
Onde vocês estavam daqui a dois dias, há 20 anos? A pergunta parece confusa, mas facilmente explicável. Dia 11, sábado, assustadoramente, faz 20 anos do 11 de setembro em Nova York, Osama bin Laden e Torres Gêmeas desmoronando. Fica aqui o registro e uma sugestão para animar conversas e evitar brigas por causa de política. Que tal fazermos um exercício mental e contarmos, uns aos outros, onde estávamos, ou o que fazíamos, no fatídico 11 de setembro de 2001?
Menestrel de Alagoa
Dica deliciosa e premiada é o Queijo Alagoa Grande. Pelo site Queijo d'Alagoa-MG e por R$ 300 nos deleitamos com uma peça de cinco quilos. O queijo foi Medalha de Bronze no Mondial du Fromage, em Tours, França. Destacou-se entre 600 queijos de 42 países em Junho de 2017. Medalha de Prata no 3º Prêmio Queijos Brasil. Destacando-se entre 403 queijos de norte a sul do Brasil em Outubro de 2017.
Menestrel do sabor
Ainda no site, descobrimos: “A Queijo D'Alagoa-MG também recebeu o Prêmio Melhores do Ano da Prazeres da Mesa. É um queijo artesanal elaborado nas montanhas altas e frias de Alagoa, Minas, a mais alta das Terras Altas da Mantiqueira, Caminho Velho da Estrada Real. É um queijo democrático que harmoniza com tudo: café, cerveja, vinho, doce de leite, goiabada, geleias, azeite” e vários etc. de babar.
Curtas & Finas
* O mês de setembro é dedicado à prevenção do suicídio. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida e um número ainda maior tenta suicídio.
No Brasil, de acordo como Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio, cerca de 11 mil pessoas tiram a vida por ano, a maioria homens.
Números impressionantes. 69% das tentativas ocorrem entre mulheres, 31% em homens.
Nas mulheres, os meios mais utilizados são envenenamento e intoxicação.
Apesar dos homens serem minoria nas tentativas, são mais amplos entre as vítimas fatais por empregarem métodos mais letais, como armas de fogo e enforcamento.
* Depois de oito meses em concertos virtuais, a Orquestra Ouro Preto volta a se apresentar com presença de público. Será dia 19, às 11h, no Sesc Palladium, em Belo Horizonte.
Na retomada da série Domingos Clássicos, mais uma apresentação em homenagem à banda norueguesa A-Ha. Um encontro especial dos riffs dos sintetizadores com os acordes de violinos e violoncelos.
* A cantora e compositora baiana Xenia França estará no Inhotim em Cena. Jazz, música eletrônica, ritmos cubanos e afro brasileiros, gravados entre as Patas de Elefante.
As patas são um dos elementos mais fortes do jardim do Inhotim. Dia 11, a partir das 11h no site e mídias sociais do Inhotim.
* Quem procurar vai achar, no link “espetáculo Pão e Circo”, um drama poético em cartaz no Youtube. “Pão e Circo” reflete sobre o abandono paterno e os sonhos que os filhos herdam dos pais.
Texto de Leonardo Bruno e Pedro Monteiro. Direção de Isaac Bernat.
A peça se inspira nos milhões de brasileiros que crescem sem o afeto do pai, em “uma história sobre paixão, sonhos, memória e a importância dos vínculos familiares”. Link disponível até 3 de outubro.