Após o discurso do presidente do STF, Luiz Fux, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou no plenário da Corte também fez um pronunciamento em prol do sistema democrático e união entre poderes.
O PGR citou Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte de 1987, para afirmar que não se pode afrontar a Constituição. À época da promulgação da Constituição de 1988, Guimarães disse "a Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca".
Segundo o PGR, o Ministério Público "segue pela sustentação da ordem jurídica e democrática".
"Quando discordâncias vão para além de manifestações críticas, merecendo alguma providência ou de ser encaminhada pelas vias adequadas, de modo a não criar constangimento e dificuldades, que são injustças ao invés de soluções. Eis o primado devido do devido processo em face do voluntarismo. Construir decisões legítimas, respeitáveis, sólidas, ainda que não sejam unânimes. O Ministério Público brasileiro segue trabalhando pela sustentação da ordem jurídica e democrática, pois não há estabilidade e legitimidade fora dela", afirmou em trecho do pronunciamento.
O princípio da separação de poderes foi citada por Aras como garantia máxima para proteção da liberdade.
"A separação e harmonia entre os poderes foram adotadas desde o constituição do Império", disse em outro momento.
Aras afirmou também que as manifestações foram expressão de uma sociedade plural e aberta e que a vacinação já permite que a população possa se manifestar de forma pacífica.