RAFAEL DANTAS

Inovação e legado na construção de organizações mais humanas

Ano é de oportunidades para empresas tradicionais e startups


Publicado em 05 de janeiro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Abro o ano falando sobre inovação e legado, duas palavras que, a princípio, parecem caminhar para destinos opostos. Enquanto a primeira sugere o novo, o avanço e a tecnologia, a segunda remete a vivências, trajetórias e experiências, a tudo o que veio antes e consolidou a sociedade na qual estamos inseridos hoje. Legado se refere a transformação, ao impacto causado por uma pessoa no mundo, às marcas que ela deixou. Também diz respeito à contribuição das organizações para a sociedade.

Apesar de soarem ambíguas, ambas as palavras podem seguir um mesmo rumo. E essa é a proposta das Câmaras Americanas de Comércio do Brasil e de Belo Horizonte para o ano em que completam, respectivamente, cem e 20 anos. Estimular a inovação é inspirar a construção de legados, por meio do compartilhamento de ideias e experiências.

Legado também está diretamente relacionado a negócios. As empresas são as responsáveis por movimentar a economia, gerando empregos e impulsionando o consumo, criando inovação e facilitando a vida da sociedade. O legado de cada organização tem relação com as contribuições dela nas áreas em que atua, além da forma como ela lida com as pessoas e o meio ambiente. Isso vale tanto para startups quanto para corporações tradicionais. E ambas as estruturas têm um legado a ser deixado e aproveitado.

Hoje, a agilidade e a inovação caminham ao lado da tradição e da experiência de empresas que, há décadas, tornaram possível, justamente, o surgimento desses negócios, que têm apresentado novas maneiras de empreender e criar valor para produtos e serviços. Juntas, a prática da inovação e a assimilação do legado podem construir organizações cada vez mais humanas e que conseguem otimizar recursos, agilizar processos e, consequentemente, diminuir custos e se manter sustentáveis.

No caso das startups, que nasceram num contexto inovador e já estão deixando seu legado, um dos principais exemplos que temos disponíveis, hoje, no mercado, é a Uber. Observando os serviços de transporte particular tradicionais, como o táxi, a empresa, que nasceu nos Estados Unidos, em 2009, e hoje tem presença pelo mundo inteiro, entendeu uma nova demanda, vinda dos consumidores: transporte rápido e solicitado com agilidade e segurança, via dispositivo móvel, com pagamento facilitado e preço altamente competitivo, além de um atendimento impecável, que pode, inclusive, determinar a permanência ou não do motorista no serviço.

Com esse feito, a Uber já marcou história. Como seu modelo de negócio, hoje, atende uma demanda principalmente das novas gerações, que, em vez de terem um carro próprio ou alugarem, estão preferindo contar com esse serviço, que é completo.

Inicialmente, as novas tecnologias figuram como os principais desafios. Especialmente para as organizações que estão há mais tempo em atividade e precisam se adaptar. Porém, ferramentas, tecnologias e novas metodologias sempre surgirão, mas, de acordo com o consultor em gestão empresarial Carlos Caixeta, o caminho para lidar com a implementação dessas inovações, e aproveitá-las em todas as suas potencialidades, continua sendo uma gestão eficaz e que se baseia em planejamento, com metas bem-definidas e monitoradas, e em equipes competentes tecnicamente e em sintonia.

O ano de 2019 será a oportunidade para que empresas tradicionais e startups aprendam umas com as outras e mostrem que, juntas, cada qual com suas características e contribuições, poderão erguer um legado de inovação e resultados. Contando com o que há de mais moderno e avançado, mas investindo em gestão e planejamento.

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