Já faz um tempo que a inovação vem alterando processos, modificando rotinas, práticas, empresas e pessoas, o que vem transformando o mundo, em todos os sentidos. E com os cargos e as funções dentro das organizações não é diferente. Sobretudo com as possibilidades trazidas pela Inteligência Artificial (IA).

Como ela poderá contribuir para o trabalho na era 4.0 e para o futuro que está por vir? Como os robôs e os seres humanos conduzirão os processos dentro das empresas? Como vai funcionar essa relação e como ela contribuirá para os objetivos das organizações?

Ainda não temos respostas exatas para esses questionamentos, sabemos apenas que os robôs, com os quais já temos contato na vida pessoal e profissional, vêm facilitando o nosso dia a dia. Mas o fato é que essas transformações já estão acontecendo e que acompanhá-las será fundamental para os profissionais e para as empresas.

Assim como a possibilidade de armazenar dados na nuvem trouxe mais agilidade, praticidade, segurança e conforto para os profissionais, principalmente quando o assunto é a locomoção e o tempo, outro exemplo prático, e que já pode ser encontrado hoje, é o do colaborador que, antes, atuava com tabelas, tratando uma infinidade de dados e números. Com o big data, agora, é possível que um volumoso número de informações seja armazenado e analisado, ao mesmo tempo, por computadores.

Assim, o profissional, com suas características de análise e interpretação crítica, lida com essas informações de maneira estratégica, entregando seu tempo à tomada de decisões que vão interferir diretamente nos resultados, e não às atividades operacionais, que são realizadas pela máquina.

A segurança é outro ponto significativo dessas novidades. O colaborador que, antes, atuava conferindo a temperatura dos chamados altos-fornos, que são comuns na indústria siderúrgica, por exemplo, agora conta com a inovação dos drones, pequenas aeronaves que são controladas de forma remota e que são resistentes às altas temperaturas desses locais. Assim, essa ferramenta consegue fazer uma vistoria interna e não apenas entrega dados, mas apresenta um relatório completo sobre as condições dos fornos.

Diante desse benefício, trazido pela IA, ao profissional, não são mais demandadas capacidades como a força física e a resistência, mas o conhecimento sobre o manuseio de drones e a análise de dados.

Esses exemplos reforçam um ponto que precisa ser difundido dentro das empresas e na cultura dos próprios profissionais: a inovação e as novas tecnologias, bem como todas as mudanças trazidas por essa nova realidade, que devem ser encaradas como um convite à evolução, e não um obstáculo que dificulta o trabalho.

Com tantas ferramentas, facilidades e novas possibilidades, as demandas por adaptação vão aumentar. Mas, também, trarão mais comodidade, segurança, qualidade de vida pessoal e no trabalho e um acesso a novos conhecimentos e habilidades.

Além disso, a conectividade está transformando não apenas as possibilidades de lugares onde podemos atuar, mas também o modo como produzimos e criamos. O fato é que, apesar de desafiadora, a automação vai disponibilizar pessoas para exercer a criatividade, o raciocínio lógico e as habilidades sociais em atividades mais interessantes.

Com a inovação dos cargos e das funções dentro das empresas, as características que são intrínsecas aos seres humanos continuarão, por fim, a ser o principal diferencial das organizações.