Em um mundo em que as linhas de montagem estão robotizadas, e a impressão em 3D salta das telas dos filmes futuristas e mostra-se cada vez mais real, a história se distancia de gerações recentes, e, para quem não conhece como tudo começou em no mundo das quatro rodas, vamos hoje rememorar.
Foi em 7 de outubro de 1913 que Henry Ford introduziu a primeira linha de montagem móvel do mundo. Um processo que revolucionaria a indústria. Antes eram necessárias 12 horas para a montagem de um Ford T, com seus mais de 3.000 componentes. Com o novo modelo de manufatura, o tempo caiu para 90 minutos, derrubando também o preço do carro: de US$ 850 para menos de US$ 300. Pela simplicidade e preço, o modelo se destoava do que então era produzido pela incipiente indústria automotiva no mundo, se é que podemos chamar de fábrica o que era feito de forma quase artesanal. Àquela altura o automóvel era artigo raro, de luxo, e poucos eram os abonados que tinham o privilégio de possuir um exemplar.
Mas Henry Ford, o criador do modelo T, queria mais. Inspirado nos processos produtivos dos revólveres Colt e das máquinas de costura Singer, o industrial Ford criou a linha de montagem em série. A introdução dessa nova forma de fabricação possibilitou a imediata redução no tempo de produção de cada unidade. O custo final do produto foi diminuindo. O Ford T caiu dos US$ 850 iniciais para US$ 575, o que aumentou sobremaneira o acesso ao veículo. Este valor foi ainda mais reduzido quando o fabricante percebeu que ganharia mais tempo se apenas a cor preta fosse utilizada.
Ao contrário das coloridas, a tinta preta demorava menos tempo para secar e, como consequência, o carro seguia mais rapidamente na linha de montagem. Este fato ensejou a célebre frase atribuída a Henry Ford: o carro está disponível em qualquer cor, contanto que seja preto”. Em pouco tempo, o modelo passou a custar US$ 260, valor mantido até quando sua produção foi encerrada. No ano de 1914 foi iniciada a fabricação na Argentina, e, em 1917, um veículo de carga, dotado de caçamba, derivado do modelo, ganhou o nome de TT. No Brasil, ele estreou em 1919. O apelido de “bigode” surgiu por causa do acelerador, que não era no pedal, mas em uma alavanca no volante, que formava par com outra, para ajustar o avanço de ignição. As duas alavancas, opostas, formavam a figura de um bigode.
Quando o nome pegou, os modelos fabricados no Brasil passaram a mostrar, como um “enfeite” no capô, a figura de um bigode, abaixo do logotipo da Ford.
Uma última curiosidade. Por algum tempo e em alguns modelos, faróis e buzinas eram oferecidos como itens opcionais. O farol auxiliar do motorista, elétrico, com controle interno, sempre foi oferecido como acessório. A produção do modelo T foi mantida até 1927. Alguns meses depois de realizar uma cerimônia comemorando a marca de número 15 milhões de carros produzidos, Henry Ford entendeu que aquele era o momento de seu modelo T abrir lugar a uma nova geração de automóveis.
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular
O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.
Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.
Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.
Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.
Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.