Conforme a tradicional e renomada “Encyclopædia Britannica”, Martin Luther King Jr. foi um pastor batista que nasceu em 1929, em Atlanta, no Estado da Geórgia (EUA). Além disso, Luther King foi, ainda segundo essa enciclopédia, um importantíssimo ativista político defensor dos direitos humanos e civis da população negra norte-americana. De fato, e não obstante as polêmicas que envolvem a sua vida acadêmica, esse líder afro-americano destacou-se, sobremaneira, como um grande militante político defensor do movimento antirracismo nos EUA, bem como se tornou, no século XX, uma das figuras cristãs mais importantes de seu tempo.
Assim, essa icônica personagem ligada à cultura e à etnia afro-americanas fundamentava, em grande parte, a sua luta antirracial na desobediência civil não violenta, pois, para Luther King, a população negra estadunidense somente conquistaria de forma legítima seus direitos civis por meio do diálogo político, democrático, pacífico e harmonioso. Além disso, ele baseava suas ideologias sociopolíticas nos ensinamentos éticos, morais e espirituais do líder hindu Mahatma Gandhi, o qual, como sabemos, libertou a Índia da colonização britânica pregando o amor e a paz entre os povos.
De acordo com alguns sociólogos norte-americanos, o pastor Luther King fundou, em 1957, a Southern Christian Leadership Conference, isto é, uma organização de caráter rigorosamente sociorreligioso e não governamental, a qual era focada, sobretudo, na luta contra a segregação racial, bem como na defesa dos direitos civis das etnias menos favorecidas dos EUA. Por causa de sua grande influência política, social e religiosa, esse pacifista negro também comandou, em 1955 e 1956, no Alabama, o famoso boicote ao transporte público e coletivo da cidade de Montgomery, a qual institucionalizava, vergonhosamente, regras distintas para o transporte comunitário de negros e brancos.
O pastor Luther King ainda liderou, em 1963, e durante o governo do presidente democrata John Fitzgerald Kennedy, a reconhecida Great March on Washington. Assim, essa importante e histórica manifestação popular foi uma marcha política consubstanciada, principalmente, na luta por liberdade, trabalho, justiça, bem como pelo fim da segregação racial imposta à oprimida, excluída e injustiçada população afro-americana. Em 1964, esse ativista político e religioso ganhou o renomado Prêmio Nobel da Paz por ter combatido o racismo nos EUA de forma socialmente pacífica, ordeira e cristã.
Infelizmente, esse teólogo protestante foi assassinado em 1968, em Memphis, no Tennessee, com um tiro disparado à queima-roupa pelo declaradamente fundamentalista e racista James Earl Ray. Não obstante a sua enorme luta para realizar e promover a dignidade da raça negra, a tradicional supremacia branca norte-americana continua, vergonhosamente, transformando o maior sonho de Luther King num humilhante pesadelo afro-americano.