É, meus amigos, acabou o milho, acabou a pipoca. Agora chegou o momento de voltarmos gradativamente à vida normal. Muitos prefeitos e governadores já tiveram o tempo necessário para se prepararem para o enfrentamento de um possível colapso da saúde. Uai, mas a saúde não era o principal problema dos municípios? Lendo matérias antigas sobre a situação da saúde no país, leia-se SUS, posso afirmar a vocês que o sistema era falido e precário, sem contar a corrupção que corroía o sistema.
A corrupção é um segredo aberto e está incorporada nos sistemas de saúde. A cada ano, em todo o mundo, a corrupção na saúde causa a morte de 140 mil crianças, piora a resistência aos antibióticos e sabota os esforços de controle de doenças. Dos US$ 7 trilhões gastos em saúde no mundo, até 25% são desperdiçados por causa da corrupção, uma pandemia ignorada. E o Brasil, infelizmente, esteve muito tempo na triste liderança dessa corrupção.
Vamos descobrir, com mais agilidade do que o normal, a vacina para esse vírus, mas, na melhor das previsões, isso ficará para o ano que vem. Enquanto isso, convivemos com a doença. A forma mais correta está sendo feita na maior parte do mundo, não por descobertas, mas por não cometermos os erros de países que acabaram mais afetados com as mortes.
O momento agora é de educar a população no que diz respeito à higienização. Famílias estão à beira de surtos psicóticos com as sombras do desemprego e da falta de alimentos. Suicídios estão acontecendo por desespero. Pessoas com doenças crônicas estão com medo de procurar hospitais e, com isso, muitas mortes que poderiam estar sendo evitadas estão caindo na “conta” da Covid-19.
Vários municípios já anunciaram a flexibilização na reabertura do comércio, e alguns já programaram o retorno das aulas. Com isso, vamos, em semanas, saber quem agiu corretamente: os que mantiveram o isolamento total, achatando a curva de crescimento e empurrando o pico da pandemia para a frente. ou os que se prepararam com a construção de novos leitos e equipando o sistema.