As chuvas não dão trégua para a população mineira. A cada dia que passa, a insegurança e o medo tomam conta das pessoas. Como escrevi na semana passada, o momento agora é de reconstrução. Alguns políticos (ou maus políticos) tentam se aproveitar da situação, aparecendo como salvadores da pátria, como se resolvessem os problemas com uma varinha de condão. Nesta semana, eu entrevistei diversos prefeitos da região metropolitana de Belo Horizonte, e a queixa de todos é a falta de apoio dos governos estadual e federal.
Jair Bolsonaro, presidente da República, esteve em Belo Horizonte e prometeu verba para as cidades atingidas, mas a burocracia para a liberação desse dinheiro vai acabar deixando os municípios mais uma vez com o pires na mão. Em entrevista concedida ontem à rádio Super 91,7 FM, o deputado federal por Minas Gerais Mário Heringer disse que vai propor um projeto que libere com mais celeridade essas verbas em casos de tragédias naturais, pois as famílias desabrigadas e ou desalojadas não podem ficar à mercê de ajuda eterna. As prefeituras já passam por uma situação complicada financeiramente, e, infelizmente, a chuva não para.
A Defesa Civil Municipal de Belo Horizonte emitiu, na tarde de ontem, alerta para previsão de chuva forte que tem validade até hoje. O órgão acrescentou 50 mm em relação ao alerta dado anteriormente, quando eram esperados de 30 mm a 50 mm. Portanto, agora a previsão é de mais água, que pode variar entre 80 mm e 100 mm até as 8h de hoje.
O que fazer agora? Rezar e pedir a Deus que tenha piedade dos homens, porque, se tem algo responsável por isso tudo que vem acontecendo, é a forma irresponsável com que cuidamos do meio ambiente ao longo de décadas.