É sempre a mesma coisa. A Justiça manda bloquear o WhatsApp, e, imediatamente, uma parte das pessoas se descabela, e a outra comemora. Não consigo entender nem uma nem outra reação.
Sim, o aplicativo é bastante útil, adianta a vida profissional de milhares de pessoas, mas há, atualmente, outras formas de se comunicar. Há motivo para chateação (como quando queima o chuveiro ou falta água na sua casa), mas não para desespero.
Comemorar, então, não consigo entender mesmo. Como assim, se precisa de um bloqueio de um aplicativo para deixar a vida de alguém mais palatável? Não há nenhuma lei que obrigue alguém a baixar um aplicativo, então...
Isso me lembra, quando do surgimento do celular, pessoas que diziam: “Ah, que inferno, agora, com o celular, todo mundo te acha em qualquer lugar”. E eu pensava comigo: “Não, meu amigo, só te acham se você quiser. Uma maquininha dessas não pode mandar em você. O poder, acredite, ainda está com você”.
E, assim, o importante a ser discutido fica em segundo plano. O que deveria mexer com as pessoas é como um juiz pode bloquear um serviço indiscriminadamente, tirando o direito de todos os brasileiros de se comunicarem? Isso é gravíssimo e deveria ser motivo de indignação e protesto porque mexe com as liberdades individuais.
O bloqueio ontem pela Justiça do Rio foi o terceiro em sete meses (o primeiro aconteceu em dezembro de 2015. e o outro, em maio passado). E sempre com a justificativa de que o Facebook, empresa proprietária do WhatsApp, não colabora com a Justiça brasileira em determinada investigação policial.
Aí, alguém mais poderoso lembra que o bloqueio do WhatsApp “viola o preceito fundamental da liberdade de expressão e comunicação”, como afirmou Lewandowski ao colocar o aplicativo no ar novamente no final da tarde de ontem.
Mas essas questões poucos estão dispostos a discutir. Preferem ficar no ou no mi-mi-mi ou no ha-ha-ha.
Não contem comigo. Eu brigo pelos meus direitos e eles vão muito além do meu umbigo.
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